Crime teria sido praticado no dia 9 de dezembro contra uma criança de sete anos
Tem sido recorrente, nos últimos anos, abrir os jornais, assistir aos noticiários ou ouvir programas de rádio noticiando tentativas ou abusos de vulneráveis. Casos como esses trazem à tona uma discussão que não pode ser esquecida: a importância de alertar as famílias, as crianças e os adolescentes sobre os riscos, a relevância de prevenir e denunciar.
A exploração sexual atinge todas as classes sociais e está ligada a aspectos culturais, relações desiguais entre homens e mulheres, adultos e crianças, brancos e negros, ricos e pobres, sendo comum em todo o planeta. É importante frisar ainda, que além de marcas físicas, o abuso afeta psicologicamente a vítima, que mesmo com o passar dos anos lembrará com rancor e mágoa do ato cometido. Trata-se de um crime incorrigível ao olhar da sociedade, já que rouba sonhos e a infância.
Conforme consta na ocorrência policial, teria sido dentro de sua própria casa, no interior de Ilópolis, que no dia 9 de dezembro, uma criança de sete anos teria se deparado com o desconhecido. “Os pais da criança teriam saído para trabalhar e enquanto isso, um conhecido da família esteve na residência, vindo a praticar atos libidinosos com a vítima”, informa a delegada, Fabiane Bittencourt ao revelar que o indivíduo permaneceu por pouco tempo no local. “Existem câmeras de vigilância que comprovam o ingresso do indivíduo e a saída dele”, ressalta.
A autoridade destaca ainda que ao chegaram em casa, os pais teriam sido informados pela criança sobre o que havia acontecido. “Então a família procurou a Polícia Civil para realizar o registro de ocorrência. Como foram praticados somente atos libidinosos, não houve a necessidade de atendimento médico da criança, e com relação aos fatos, foi instaurado um inquérito policial para apuração, bem como, foi representado judicialmente pela realização do chamado depoimento sem dano, o qual estamos aguardando, já que neste caso, será a prova principal do crime”, frisou.
A delegada informa que o suspeito apontado pela família tem 56 anos. “Agora a Polícia Civil trabalha justamente na confirmação dos fatos para fins de indiciamento. No momento esse indivíduo está respondendo ao inquérito policial e nós estamos trabalhando na investigação e comprovação do fato criminoso. Como é de conhecimento, o crime de estupro de vulnerável é bastante grave, e havendo a confirmação desta situação, inclusive pode haver até representação por uma prisão preventiva do autor do crime”, enfatiza.
Em relação ao tempo que levará para a conclusão do inquérito, Fabiane explana: “Normalmente esses casos não demoram tanto tempo para serem apurados. Percebemos que hoje existe uma agilidade dentro da Delegacia e prioridade na investigação em casos de estupro. Estamos na dependência maior do depoimento sem dano, e tão logo ele ocorra, já conseguimos remeter o procedimento. Acreditamos que em breve possamos responsabilizar o autor do crime”, pontuou.
Prevenir é sempre o melhor remédio
“É muito importante que as famílias orientem seus filhos com relação a essas situações”, destaca a delegada. “Neste caso nós entendemos que isso deva ter acontecido porque a criança relatou prontamente à família. Assim, é possível identificar situações delituosas, pois sabemos que têm muitas crianças que acabam sendo vítimas por muito tempo, por não relatarem esses fatos. Esse trabalho de orientação, de educação, tem que sim ser realizado através das famílias e escolas para que a criança saiba identificar situações de crime”, salientou.