Pelo menos dois grandes partidos seguem com indefinições ao governo do Estado
Por Oneide M. Duarte
Segue aberta até o próximo dia 01 de abril a janela partidária, que visa permitir aos deputados estaduais, federais e distritais a troca de partido. Com isso, começam a surgir os nomes dos pré-candidatos aos cargos eletivos das eleições gerais de outubro.
Confira quem são os pré-candidatos ao governo do Estado
Pelo PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), o atual governador, Eduardo Leite, ainda não definiu seu futuro, porém o partido já se manifestou que terá candidato próprio. Leite sempre se posicionou contra a reeleição, mas vem sendo pressionado por alguns partidários á concorrer novamente ao cargo. Porém após perder em novembro as prévias do partido à disputa presidencial, Leite é cortejado pelo PSD para representar a sigla na corrida pelo Planalto, porém ainda não está nada certo. O vice-governador, Delegado Ranolfo é outro nome bem cogitado dentro da sigla.
O PT (Partido dos Trabalhadores) deve concorrer ao governo do Estado com o candidato Edgar Pretto, que atualmente é deputado estadual. Em 2018, ele foi reeleito para o terceiro mandato como deputado estadual com 91.471 votos, sendo pela terceira vez o deputado mais votado do partido. O Partido Verde anunciou apoio ao político no Estado.
O atual ministro do Trabalho e da Previdência, o porto-alegrense Onyx Lorenzoni, filiou-se na última semana ao Partido Liberal (PL), deixando o Democratas (DEM), o qual era filiado desde 2007. A informação foi confirmada pelo deputado federal e presidente do partido no Rio grande do Sul, Giovani Cherini.
A ida do ministro ao PL é estratégica, tendo em vista que, a partir de agora, ele assume a pré-candidatura ao governo do Estado. “A ida do Onyx para o PL representa que teremos um grande reforço no partido, que já conta com o nome do presidente Jair Bolsonaro para a presidência, além de representar um crescimento do partido a nível estadual”, disse Giovani Cherini, que foi convidado por Lorenzoni para ser o coordenador político de sua campanha ao Piratini. Cherini ainda não deu a resposta. Lorenzoni tem 64 anos e é formado em medicina veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Atualmente, está licenciado no quinto mandato como deputado federal.
Luis Carlos Heinze é o pré-candidato ao Piratini pelo Progressistas. Heinze, que é natural de Candelária, tem 71 anos e é produtor rural e engenheiro agrônomo formado pela UFSM. O senador se elegeu nas eleições de 2018 com 2.316.177 votos, o equivalente a 21,94% dos votos válidos, e tem sido um grande aliado do presidente Jair Bolsonaro.
Pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro), o passo-fundense Beto Albuquerque oficializou sua candidatura. “Estou muito honrado e confiante com a unidade construída pelo PSB em torno de um projeto protagonista de nosso partido aqui no Rio Grande do Sul. Agradeço a cada militante que esteve presente na reunião do Diretório e que decidiu pela candidatura própria ao governo do nosso Rio Grande!”, disse Beto em sua rede social. Beto tem 59 anos, é advogado pela Universidade de Passo Fundo e, nas eleições 2018, tentou vaga como senador, porém não foi eleito, ficando em terceiro lugar com 16,23% dos votos.
Pouco conhecido no meio político, Marcos Della Nina é o pré-candidato ao governo do Estado pelo Patriota. Ele é formado em administração e nunca ocupou um cargo político. Atualmente, é líder comunitário em Porto Alegre. Uma de suas bandeiras é a realização de concurso público para a escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
O PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) poderá ter o vereador de Porto Alegre Pedro Ruas concorrendo pelo partido. Ele é formado em Direito pela PUC-RS e foi o primeiro integrante do partido a ser eleito para a Assembleia Legislativa. Ruas tem 66 anos e sempre militou na política. Seu partido tem buscado apoio do PCB, Unidade Popular e do PSTU.
Após perder o nome de Romildo Bolzan Júnior, o PDT (Partido Democrático Trabalhista) segue em tratativas para indicar um nome para a corrida governamental. O plano B seria o ex-deputado Vieira da Cunha, porém nada está definido.
Nesta semana o deputado estadual Gabriel Souza, do MDB, informou pelo Twitter que havia feito seu registro como pré-candidato ao governo do estado. O deputado Alceu Moreira, desistiu da pré candidatura.
Corrida ao Senado
Já para o Senado, a corrida não será diferente, com sete nomes indicados até o momento. Em 2022, será eleito apenas um senador, o que tornará a disputa bem acirrada. Nomes como Lasier Martins do Podemos, Manuela D’Ávila do PCdoB , Ana Amélia Lemos do PSD e do atual vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que recentemente se filiou ao Republicanos, aparecem na lista dos pré-candidatos.
Pelo lado petista, o deputado federal, Paulo Pimenta, tem aparecido como indicação do partido ao senado.
Porém um nome que se retirou do cenário político em 2022 foi o do ex-governador José Ivo Sartori, do MDB, que anunciou que não disputará vaga ao Piratini, tão pouco ao senado, como chegou a ser anunciado por alguns partidários.
Pela Lei Eleitoral, o período para os partidos realizarem as convenções e a definição final dos candidatos começa no dia 20 de julho. O pedido de registro da candidatura deve ser feito até 15 de agosto.
Após as eleições do dia 2 de outubro, um eventual segundo turno está marcado para 30 de outubro. Presidente e governadores eleitos tomarão posse em 1º de janeiro de 2023.