Objetivo é a prevenção e repressão aos crimes de roubos e furtos a estabelecimentos bancários
Por Oneide M. Duarte
Circulando pela cidade de Arvorezinha há alguns dias, viaturas do Batalhão de Choque do 3º Batalhão de Polícia de Choque de Passo Fundo chamaram a atenção da comunidade. Segundo a assessoria de comunicação do Batalhão, trata-se da “Operação Angico” da Brigada Militar, que vem acontecendo em várias cidades do estado e tem por objetivo a prevenção dos crimes de roubos e furtos a estabelecimentos bancários.
Ainda de acordo com a assesoaria de comunicação, essa modalidade de crime que se busca evitar também é conhecida como “novo cangaço”, onde os criminosos utilizam reféns na construção de um cordão humano para a proteção do bando durante o delito. Foi pela relação com o cangaço que a operação foi batizada, como referência a morte de Lampião e seu bando na Grota de Angico.
O combate às quadrilhas que utilizam explosivos, reféns em forma de cordão humano e forte armamento, tem como eixo norteador três estratégias principais, sendo a intensa fiscalização para evitar desvio, furto e roubo de explosivos; realização de operações tendo como foco principal criminosos envolvidos neste tipo de crime; e a soma do efetivo especializado aliado ao trabalho da inteligência policial da instituição.
Em nota, o 3º Batalhão de Polícia de Choque lembra que no dia 29 de novembro de 2017 teve início a Operação Angico, com a 1ª fase da operação, que hoje encontra-se na 29ª edição.
Na última semana, durante a apreensão do caminhão com contrabando no município de Anta Gorda, os policiais do Batalhão de Choque auxiliaram os colegas locais na ação, reforçando a atuação da Brigada Militar na comunidade.
Treinamento e preparação
A Brigada Militar vem realizando treinamentos simulados de roubo a banco em diversas cidades do estado, como o realizado no último dia 08 de agosto, em Passo Fundo. As atividades fazem parte de um teste do planejamento de pronta resposta elaborado pela BM para enfrentamento a eventuais situações desse tipo, denominado Plano de Defesa da Cidade (PDC). As simulações colocam em prática o plano tático de reação a ataques semelhantes aos registrados em Criciúma (SC) e Guarapuava (PR), para estabelecer com mais clareza qual o papel de cada agente numa eventual operação de repressão a criminosos que empreendam um ataque de tomada de cidade.
Este modelo de crime “novo cangaço” teve ocorrências praticamente erradicadas no Rio Grande do Sul, graças às ações da Operação Angico da BM.