Falecido na última semana, empresário deixou um legado à comunidade
Por Oneide M. Duarte
Um empresário, amigo, conselheiro, marido, pai. Assim era visto o empresário do ramo de farmácias Natalino Tadeu Pinto, natural de Passo Fundo, mas que residia há 48 anos em Arvorezinha, e há 41 comandava a Farmácia Ideal.
Descrito pelo filho Tadeu Junior Pinto como um idealizador e amante da profissão, o empresário antes de vir para o munícipio já trabalhava no ramo de farmácia. “Ele dedicava todo amor e tempo para a farmácia e a família, sempre para proporcionar uma vida boa a todos nós. A vida dele era trabalhar e nos dar uma condição de vida melhor”, diz Tadeu Junior, de 29 anos, estudante de farmácia, que segue: “O pai não estar na farmácia era algo que não conseguíamos ver, aqui era a vida dele”, recorda Junior.
Pai de seis filhos, avô de sete netos e tendo um bisneto, Natalino Tadeu Pinto, que era visto como um pilar de toda a família, ficou sete dias internado, sendo três dias em Ilópolis, e quatro dias em Passo Fundo, onde faleceu na manhã da quinta-feira, 19 de agosto.
A felicidade dele era ouvir as pessoas
O legado deixado pelo empresário aos familiares é lembrado com muito orgulho pela filha mais nova, Ligiane Lasta Pinto, de 25 anos. “É muito bonito, é uma responsabilidade para nós dar sequência ao trabalho dele”, afirma a filha, que em janeiro também estará se formando como farmacêutica. “Desde que ele veio para Arvorezinha, sempre atuou nesse ramo, priorizava a farmácia com om objetivo de dar um -star aos filhos e esposa. Sempre cuidou muito bem de nós, e tudo o que ele ensinou, estamos colocando em prática. Detalhes que no momento achava não tão importantes, hoje vejo que são. O meu pai deixou uma história para todo mundo contar sobre ele. Tinha outras responsabilidades, mas não deixava de dar a atenção aos clientes. Ele teve um significado grande para muitas pessoas”, afirma a filha.
Natal Ideal
Realizado desde 1988, o Natal Ideal era encarado pelo empresário como um momento de muita alegria, onde crianças de todas as idades e classes sociais sempre participavam, sendo presenteadas com uma lembrança natalina. “O pai planejava muito, se dedicava ao evento, pois amava, sempre teve uma grande participação. Já estava pensando em iniciar os preparativos para a 34ª edição. Era um dos maiores orgulhos dele, e com certeza essa iniciativa irá continuar, os filhos vão se esforçar para fazer igual o pai fazia ao lado dos parceiros”, afirma Junior.
Esposa fala sobre quem foi seu marido
“Até pensei que fosse difícil falar da pessoa que era o Tadeu, mas buscando memórias que vivemos juntos, indiferente dos perrengues que são situações que todo mundo passa, só tenho coisas boas a dizer. O Tadeu era uma pessoa que vivia tudo com muita intensidade, quando nos conhecemos ele foi bem claro e disse: ‘Não pensa que vai ser fácil me acompanhar, pois minha carga é grande”, recorda a viúva Ana Lígia Lasta Pinto.
Ana Ligia não esquece de agradecer tudo o que aprendeu com o esposo, que conheceu há cerca de 30 anos. “Hoje só tenho a agradecer tudo o que ele me ensinou, muitas vezes questionei se era necessária tanta doação com a farmácia, mas de uma altura para cá eu entendi que a Farmácia Ideal pulsava dentro dele 24 horas. Lutamos muito para ele ter horários normais para viver, mas ele não tinha”, recorda.
A esposa, que também é empresária, lembra que para o marido não tinha tempo feio, qualquer filho, familiar que precisasse, a qualquer hora, ele estava presente.
“Hoje me sinto leve por nunca ter impedido ele de realizar qualquer sonho, por mais louco que fosse. Muitas vezes meu pensamento era contrário, mas acabava cedendo, e hoje eu percebo que isso foi bom e que ele viveu a vida dele fazendo o que mais gostava”, finaliza.
