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Semana Nacional da Família: tempo de repensar a importância do núcleo familiar

Famílias estão passando por transformações radicais

 

“Família, fonte de vocações”; com este tema será celebrada a Semana Nacional da Família em todo o Brasil, de 13 a 19 de agosto, instituída pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) durante o mês dedicado às vocações, com o objetivo de lembrar, celebrar e proporcionar a (re)descoberta do Dom que cada pessoa recebeu como presente de Deus: a vocação. E se existe um lugar privilegiado de valorização e descoberta da vocação, ele se chama família.

Nesse contexto, o frei Camilo Bordignon, pároco de Itapuca, diz que vocação tem um sentido mais abrangente. “Existem muitas vocações, vocação ao sacerdócio e à vida religiosa, à paternidade, à maternidade e tantas outras”.

Sobre o momento vivido pela família, o religioso faz uma análise bem realista. “Nesse momento de grandes transformações no mundo, a família também está em transformação muito radical. Aquela família tradicional formada pelo pai, pela mãe e pelos filhos já não é mais a única família, já existe uma outra compreensão de família. Contudo, eu acredito, que mesmo com essa transformação, a presença do pai e da mãe continua sendo importante para o filho, principalmente nos primeiros anos de vida. A ausência de um deles, repercute no surgimento de novas personalidades, de novos valores e, consequentemente, em toda a vida humana”.

Num futuro próximo, segundo o frei Camilo, a família terá mudanças mais profundas ainda, com novos comportamentos e novos princípios. “Acredito que deveria haver mais preocupação e corresponsabilidade quando duas pessoas se unem para constituir uma família. Outro aspecto importante: as pessoas não têm mais compromisso definitivo. Quando decidem constituir uma família, é por um período muito curto, é só uma fase, me parece uma falta de compromisso; e mais, existem casais que não querem ter filhos, porque o filho amarra, o filho exige, chama para a responsabilização. Por isso vemos a substituição do filho por um animal, por um gato ou cachorro. Isso não fecha com o ser humano. Não que não possamos gostar e tratar bem os animais, mas substituir um filho por um animal, é uma inversão radical de princípios e valores. Todas essas coisas, acredito que devemos pensar durante a Semana da Família”.

Ele ainda aborda a questão econômica, que tem potencial de acabar com os relacionamentos. “É muito difícil manter uma relação harmoniosa nesse ambiente, nesse mundo de consumismo; a dimensão econômica está ocupando o centro da vida. É preciso ter dinheiro para comprar muitas coisas e no fim as pessoas não conseguem viver”.

O frei finaliza dizendo que “a família não é mais a base da sociedade; o ambiente social onde as pessoas se relacionam definem o futuro e a família já tem um papel restrito, secundário”. Ele chama a atenção para todos esses aspectos para que sejam repensados e reavaliados, visando a reflexão sobre importância do convívio familiar, com diálogo, respeito, solidariedade e perdão.

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