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Situação divulgada sobre a Ponte entre Anta Gorda e Guaporé não se confirma

       Projeto e orçamento não estão definidos, nenhuma licitação foi realizada, tão pouco há prazo para início da execução da obra.

Uma reunião técnica de rotina realizada no dia 17 de janeiro na prefeitura de Guaporé, para tratar sobre o projeto da ponte a ser construída entre as cidades de Anta Gorda e Guaporé, na qual estiveram presentes as equipes técnicas de engenharia das prefeituras de Anta Gorda e Guaporé, os técnicos da empresa contratada para realizar o projeto e a moradora de Anta Gorda, suplente de vereadora, popular Claudete da Ponte, acabou por eliminar as perspectivas de que a obra da ponte pudesse sair em breve.

Segundo a Engenheira Civil Tatiane Zamban da prefeitura de Guaporé, afirmar algo de concreto sobre a obra da ponte é prematuro. “A obra é bastante complexa, nós não estamos acostumados a lidar com obras deste porte, não faz parte da nossa rotina. Temos uma empresa contratada para fazer o projeto, mas mesmo para os técnicos desta empresa, esta obra é um desafio, uma vez que são muitos fatores envolvidos. Para você ter uma ideia, desde o pessoal que vai trabalhar na obra, precisamos alojá-los, são pessoas que virão de fora. Tem a situação da logística de transporte dos materiais, onde será instalado o canteiro de obras e por fim, qual será o formato definido para a obra da ponte, entre outros múltiplos fatores. Tudo isso, ainda está sendo discutido e orçado, para depois sim, se fazer uma licitação e posteriormente definir o prazo de início da obra, o qual não há previsão alguma”, esclareceu a engenheira.

O Secretário de Planejamento do município de Guaporé, Gerson Ricardo Bedin reforçou o que disse a engenheira Tatiane e afirmou que a obra ainda está em fase de projeto, que estão sendo feitos vários projetos e orçamentos para tentar reduzir ao máximo os custos da obra. “Só temos garantido em termos de orçamento os R$ 3.9 milhões referente ao que o Governo Federal destinou. Do estado não há nenhum centavo empenhado ou previsto para a construção desta obra e do município de Guaporé temos R$ 150 mil previstos no orçamento de 2024. Com relação ao município de Anta Gorda, não sei informar qual é o valor que eles tem previsto no orçamento de 2024”, ressaltou Bedin enfatizando que quando foi definido oficialmente qual o projeto a ser executado e seu custo, que certamente os prefeitos deverão recorrer aos governos federal e estadual para angariar mais recursos para finalizar a obra, mas por enquanto não está definido quanto mais dinheiro será necessário. Ou seja, a informação de que os municípios e o estado deveriam ratear o valor de R$ 1.6 milhões para concluir a obra, também não condiz.

Gerson Ricardo Bedin reforçou que a ponte está em fase de projeto e que não há nada definido ainda

Reunião técnica apontou valor superior

Os custos apresentados para a execução da ponte naquele formato divulgado (feita de pré-moldado e contendo muitos pilares) foram muito superiores ao previsto inicialmente, chegando à casa dos R$ 9.8 milhões. Porém, segundo o secretário Gerson R. Bedin, este não é um custo definitivo, ainda serão realizados outros estudos, com outros materiais e possiblidades para se tentar chegar a um custo quanto mais baixo possível. “A obra vai sair, isso eu posso assegurar, mas não é possível afirmar quando, como e quanto vai custar ainda, os técnicos estão trabalhando intensamente para encontrar a solução mais viável, é importante ressaltar que o problema não é simples, mas nós estamos empenhados para resolver”, destacou Bedin afirmando que este custo apresentado agora desmotivou um pouco a todos que estimavam um custo menor.

Claudete foi a única a acompanhar a reunião 

Apesar de informada de que seria apenas mais uma reunião técnica, entre os técnicos,  para discutir detalhes do projeto, a suplente de vereador de Anta Gorda, a popular Claudete da Ponte foi a única agente que participou da reunião, e posteriormente, esta divulgou em suas redes que a ponte, no formato em que a própria tinha anunciado, inclusive com valores e datas previstas não seria mais construída. Causando alvoroço e preocupação em toda a região.

Claudete fala em nome dos municípios e dos técnicos também

Estimativa

Os valores orçados para a construção da ponte estão girando entre R$ 8 e R$ 10 milhões de reais. Isso, exceto as cabeceiras que poderão chegar a cerca de R$ 2 milhões cada uma. Ou seja, os custos da obra podem girar na casa dos R$ 14 milhões, ao final. Muito diferente do que afirmaram anteriormente, quando o custo estimado estava em R$ 6 milhões.

 

Sem manifestações

Os prefeitos de Guaporé e Anta Gorda foram procurados para se manifestar sobre o assunto, porém, preferiram que somente a equipe técnica da prefeitura de Guaporé se manifestasse, os quais estão mais a par da situação.

 

Em nome de todos

Claudete da Ponte deu entrevistas a diversos meios de comunicação e falou em nome dos municípios de Guaporé e Anta Gorda, afirmando de modo genérico que assim a ponte não será feita e que agora é preciso buscar outras alternativas. Claudete destaca o empenho dos prefeitos e diz que está ao lado deles com relação a decisão de construir uma nova ponte, mais alta e ampla. “Nós estamos trabalhando há cinco anos, batendo de porta em porta e tentando angariar apoio para construir essa ponte”, ressalta ela.

CIC trabalha em prol de um estudo

O Presidente da CIC/CDL de Anta Gorda Rafael Pavan, chateado com a situação que se criou em torno do início da obra, reforçou que não é político e que apenas está em busca de respostas e soluções para a classe empresarial de Anta Gorda. Pavan pretende conseguir um profissional que avalie de forma técnica as condições da estrutura que sobrou da antiga ponte, para definir com clareza se é possível ou não reconstruir uma nova estrutura sobre os pilares que já existem, mesmo que seja de forma provisória, para atender de forma rápida a população que depende desta ligação entre Guaporé e Anta Gorda.

Rafael Pavan está buscando um profissional que possa realizar uma avaliação da estrutura que sobrou da ponte, para saber da viabilidade de consertar de forma provisória a ponte visando reestabelecer o trafego o mais rápido possível

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