O casal Vilmar Ângelo Bresolin e Nelci Perosa Bresolin, desde o casamento, há 50 anos, completados em 25 de maio, mora na Linha Invernada, interior de Anta Gorda. Sempre trabalhou na agricultura, onde criou a família de três filhos, Edson, Edemar e Eduardo. Os dois mais velhos, moram e trabalham com os pais e o mais novo, casado, mora em Caxias do Sul. Atualmente trabalham com vacas leiteiras, 13 no total, e afirmam que dá para se manter.
Relembrando a história do encontro entre eles, quando jovens, no início do namoro, contam que se encontraram nos bailes da comunidade, comuns nas décadas passadas. “Namoramos dois anos e quando casamos, moramos com os meus pais (pais dele) e, em seguida, compramos nossa terra, logo aí em cima. Depois construímos essa casa, há uns 40 anos, e aqui ficamos, enraizados”. Ele casou com 27 anos e ela, com 22.
A família tinha programado, antes das enchentes, fazer a festa em comemoração às bodas de ouro, mas as águas terminaram com as estradas e o salão da comunidade, foi alagado, fatos que inviabilizaram a festa. Resignados, eles relatam os estragos feitos na comunidade. “O campo não tem mais grama, o rio passou por cima, levou as mesas do salão, terminou com tudo. Nunca vimos nada parecido”. As perdas da família são o leite jogado fora, em função das estradas sem acesso e a falta de luz para conservação.
Planos
Porém, os Bresolin têm planos de comemorar as cinco décadas de matrimônio ainda esse ano, assim que as coisas melhorarem. Para chegar a tantos anos de casamento e união, eles falam da importância de construir família, e também, “paciência, cuidado, companheirismo; isso é importante para levar um casamento adiante”. Dizem-se felizes com a união e casariam de novo, se precisasse. “Os primeiros tempos eram bons”, ele recorda, com saudosismo. Recordam também as dificuldades dos primeiros anos da vida conjugal e as mudanças que ocorreram ao longo tempo, refletindo como as coisas, as pessoas e a vida, mudam.