- Por Oneide Marcos
A escassez de chuvas já começa a impactar produtores de soja da localidade de Arranca Toco, situada ao norte do município, como as lavouras do produtor Vitorino Filippi. Segundo ele, em uma área de aproximadamente 35 hectares, a plantação foi semeada em meados de novembro e, neste início de ano, enfrenta os desafios trazidos pela deficiência hídrica.
Filippi, que conta com o auxílio do filho Gean, estudante de agronomia, explica que a situação varia conforme o estágio de desenvolvimento das plantas. “As lavouras semeadas antes estão mais adiantadas, com formação de vagens, mas sofrem mais com a falta de água. Já as que foram semeadas mais tarde ainda não chegaram a esse estágio, o que pode dar tempo para uma recuperação caso chova nos próximos dias”, destacou.
Gean Filippi, otimista, ressaltou que a previsão climática aponta para chuvas nos próximos dias, o que poderia aliviar os impactos causados pelo clima seco. “A situação preocupa, mas acreditamos que será revertida em breve”, afirmou o jovem.
Em 2024, foi o excesso de chuva que atrapalhou
Apesar dos desafios climáticos, Vitorino lembra que as lavouras de 2024 foram pouco afetadas pela ferrugem asiática, uma das principais doenças da cultura da soja. Ainda assim, o volume de chuvas, acima da média, refletiu na produtividade. “Conseguimos colher 75 sacas por hectare, mas, em condições normais, seria um pouco mais de 80 sacas”, frisou o agricultor.
Enquanto aguardam as tão esperadas chuvas, pai e filho seguem monitorando a lavoura e ajustando as estratégias para garantir a melhor produtividade possível nesta safra.