Por Willyan Pedroso
Conhecido da comunidade de Itapuca por sua atuação como presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) e como agricultor na Linha Sétima, Renato Comerlatto, 42 anos, relatou sobre seu problema de saúde, ocorrido há algumas semanas.
Ele esteve internado na UTI do Hospital Santa Terezinha, em Encantado, para tratamento de hantavírus: “no dia 18 de janeiro, comecei a passar mal e fui piorando. Até que fui fazer uma consulta no médico, onde internei e fui transferido para Arvorezinha, e em seguida para Encantado, onde fiquei entubado por seis dias. O resultado dos exames revelou que eu tinha hantavírus. Os primeiros sintomas foram febre, dor de cabeça e dor por todo o corpo, parecia que um trem tinha passado por cima de mim”.
No tempo em que esteve internado, amigos e familiares fizeram uma corrente de oração. Comerlatto falou sobre o apoio: “Continuo um pouco fraco, não recuperei bem meus pulmões. Talvez as orações foram o que me ajudaram, agradeço a quem orou por mim, e a vida segue. Várias pessoas do município morreram devido a essa doença. Mas, recentemente, estou me cuidando; eu perdi 13 quilos devido à doença, não bebo e não fumo mais”, finalizou.
O que é hantavírus?
Orthohantavírus é um gênero que agrupa vários vírus ARN, pertencente à família Hantavirose. São vírus esféricos, envelopados, medem cerca de 80 a 120mm, transmitidos geralmente por ratos. Estão amplamente distribuídos pelo mundo.
Existem vários modos de transmissão desse vírus: inalação de partículas virais presentes nas fezes dos roedores, como ratos; contato direto com mucosas ou feridas infectadas, inclusive entre humanos; ingestão de água ou alimentos contaminados pelo vírus; mordida de animais contaminados.