As condições do agro no Brasil e no RS nunca foram as ideais ou perfeitas, muito pelo contrário. Mas nos últimos tempos e a cada ano que passa, atividades ligadas ao setor têm se mostrado com dificuldades cada vez mais relevantes. Além dos baixos preços pagos pelos produtos agrícolas ao produtor e dos preços dos insumos estarem cada vez mais altos, há outros problemas. Estiagens, enchentes e uma sucessão de eventos climáticos que comprometem a viabilidade de muitas atividades. O agro é a base de sustentação da economia gaúcha e principalmente regional, quando o agro vai mal, vamos todos mal.
Afinal, existe uma cadeia produtiva por trás destas atividades. Apesar disso, muitos políticos fingem não compreender, não veem, ignoram a situação e se mantêm no poder às custas de discursos vazios, compra de votos e troca de favores. Para muitos, a viabilidade socioeconômica do estado pouco importa, importa mesmo é se manter no poder, independente do preço a pagar para manter os privilégios. Apesar das dificuldades enfrentadas, os produtores da região têm dificuldades em se organizar e se mobilizar para lutar por suas bandeiras. Ainda são poucos os produtores, que se dispõem a ir a protestos e a defender suas causas. O movimento tem um potencial enorme, mas depende de cada um fazer a sua parte. Os problemas se acumulam, não bastasse a situação dos grãos, como soja, milho e trigo, tem a situação do leite, da gripe aviária e também da erva-mate. Sim, os produtores de erva-mate estão enfrentando uma crise, em decorrência do excesso de produção x preços baixos e até falta de mercado.
O Rio Grande do Sul já foi conhecido, há décadas, como o “Celeiro do Brasil”, em referência à sua grande produção agrícola, de grãos, a maior do Brasil; hoje, infelizmente, o glorioso Rio Grande vive de lembranças destes tempos abastados. Questões climáticas e governos descomprometidos com o setor têm, sucessivamente, enterrado a história da superprodução de grãos.
A pergunta é: o que estão fazendo para resolver este problema?