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Fusão de grupos da Terceira Idade gera debate entre associados

 

Por Oneide Marcos

Os participantes dos dois grupos de Terceira Idade do município, Renascer e Alegria de Viver, vivem um momento de dúvidas e incertezas, com uma possível transição e unificação entre ambos.

A proposta de unificação das duas associações vem sendo incentivada pelo prefeito Clóvis Roman, visando otimizar o uso de recursos, especialmente um ônibus adquirido na Administração passada com verba conquistada por meio do trabalho do Grupo Renascer.

Segundo relatos da presidente do Grupo Renascer, Seli Vescovi, o acordo inicial com o Poder Público previa que, em troca da cessão do uso do Centro de Convivência do Idoso para alunos, o ônibus comprado com uma verba de R$ 400 mil, seria disponibilizado exclusivamente para as viagens do grupo. O propósito era fortalecer os laços com grupos de terceira idade da região, por meio de visitas e confraternizações.

No entanto, o cenário mudou quando o outro grupo, Alegria de Viver, também reivindicou o direito ao uso do veículo, com base na legislação que garante transporte para atividades de associações da terceira idade. Com isso, a prefeitura passou a disponibilizar duas viagens por mês para cada grupo, o que gerou descontentamento entre os membros do Renascer.

“Combinamos uma coisa e depois foi feita outra e nós imediatamente não aceitamos”, afirma a presidente do Renascer. Diante do impasse, o prefeito sugeriu uma solução: a unificação dos dois grupos em uma única associação, como era no passado, quando ambos atuavam juntos.

Primeiros passos da integração

O Grupo Renascer, com cerca de 120 associados ativos e até 170 inscritos, cedeu seu espaço das terças-feiras para que os encontros aconteçam às quartas-feiras, dia tradicional do outro grupo. As primeiras ações em conjunto já começaram: houve uma viagem no último sábado e outra está marcada para Roca Sales neste fim de semana. O primeiro grande encontro unificado ocorrerá nos próximos dias, quando ambas as diretorias irão se reunir para discutir os próximos passos. “Nosso grupo está de acordo com a união. Já cedemos o espaço, vamos colocar a música. Agora vamos ver se o outro grupo aceita. Temos até o fim do ano para definir”, explica a presidente do Renascer.

Segundo Seli, a proposta inclui a realização dos bailes regionais ainda separadamente em 2025, um em agosto e outro em setembro, mas a ideia é encerrar ambas as diretorias até o fim do ano e formar uma nova gestão, representando o grupo unificado.

Resistência e prudência

Do outro lado, Deonilda Radaeli, presidente do Grupo Alegria de Viver, que conta com 72 participantes, se mostra mais cautelosa. Ela reconhece a importância da proposta, mas alerta que a decisão não cabe a uma única pessoa. “A ideia divide opiniões. Temos um estatuto, somos uma associação registrada. Aqui, tudo é decidido em grupo. O prefeito nos procurou e dissemos não, por enquanto. Só vamos decidir após ouvir todos os nossos associados”, afirmou.

Ela também mencionou que já houve atividades em conjunto promovidas pelo Cras, como festas juninas, mas que a fusão total ainda é vista com desconfiança por parte de muitos membros. “Nosso grupo é muito unido. E se não der certo com o outro? Por que desmanchar o nosso?”, questiona.

Deonilda está em seu último ano à frente do Alegria de Viver e reforça que até o final de sua gestão tudo seguirá como está, com exceção de algumas viagens e eventos realizados em conjunto.

Futuro em aberto

O futuro dos grupos ainda é incerto, mas a iniciativa da união é vista por muitos como uma oportunidade de fortalecer o convívio, racionalizar recursos e resgatar a unidade que já existiu anos atrás. O nome do novo grupo, caso a fusão ocorra, ainda não foi discutido, mas há a possibilidade de se adotar um novo nome ou manter o “Renascer”, já que muitos membros do grupo Alegria de Viver eram originalmente do Renascer e se afastaram ao longo do tempo.

As conversas seguirão e caberá aos interessados decidirem o melhor caminho a ser seguido, para que todos saiam ganhando nessa questão.

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