Parlamentar solicita apuração por parte da Secretaria Municipal de Agricultura
Por Oneide Marcos
Na noite da última segunda-feira, 23 de junho, durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores, o vereador Edivan Valler (PDT) usou a tribuna para fazer um apelo ao secretário municipal de Agricultura. O parlamentar relatou uma possível irregularidade que estaria ocorrendo na localidade de Carrapicho, na zona rural do município.
Segundo o vereador, moradores da comunidade estariam sendo cobrados por serviços que, em tese, deveriam ser fornecidos gratuitamente pelo Poder Público. Valler citou exemplos concretos e relatou indignação com a situação.
“Lá no Carrapicho teve gente que pagou R$ 300, teve gente que pagou R$ 50. Teve gente que, por não ter dinheiro em casa, acabou entregando até duas galinhas. Eu acho que isso não está certo”, declarou o vereador em plenário.
Apesar da gravidade da denúncia, Edivan Valler deixou claro que não teve acesso a todos os detalhes da situação, e ressaltou que não cabe a ele fazer qualquer tipo de investigação formal. No entanto, clamou para que a Secretaria Municipal de Agricultura averigue o caso com urgência.
“Não estou acusando ninguém, mas peço que o secretário vá até lá, converse com os moradores e veja o que realmente está acontecendo. Isso precisa ser esclarecido”, completou.
Prefeitura afirma desconhecer o caso
A equipe de reportagem do Eco Regional entrou em contato com o prefeito Luiz Armando Taffarel, para buscar esclarecimentos sobre a possível cobrança. Em resposta, o chefe do Executivo afirmou que não tinha conhecimento prévio da situação mencionada.
“Até o momento, não recebi nenhuma informação oficial sobre esse tipo de cobrança. Se houver confirmação de que serviços públicos estão sendo cobrados de forma indevida, tomaremos as providências”, garantiu o prefeito.
Serviço público e gratuidade
Em regra, os serviços prestados pelas Secretarias Municipais, especialmente em comunidades rurais, como o uso de máquinas agrícolas ou melhorias de acesso, são realizados sem cobrança direta aos moradores, a não ser em casos muito específicos que estejam previamente regulamentados por lei ou convênio. A denúncia de Valler, no entanto, sugere que esses princípios podem ter sido desrespeitados.
Repercussão e próximos passos
A fala do vereador gerou repercussão entre a comunidade e os presentes, que agora aguardam um posicionamento oficial sobre a situação.