InícioDestaqueMulher de Arvorezinha é presa por participação em esquema de falsificação

Mulher de Arvorezinha é presa por participação em esquema de falsificação

A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Polícia Regional de Santa Maria/RS e DENARC, sob a coordenação dos delegados de Polícia Sandro Meinerz e Alencar Carraro, realizou ação conjunta que desarticulou esquema milionário de falsificação de cigarros no Rio Grande do Sul.

Na ação, os policiais civis cumpriram um Mandado de Busca e Apreensão em uma propriedade rural situada na localidade de Porto Alves, em Agudo/RS, resultando na prisão de nove indivíduos – sete paraguaios que trabalhavam no local em condições análogas à escravidão, e um casal de brasileiros, sendo o homem de São Paulo e a mulher de Arvorezinha -, e na apreensão de abundância de maços de cigarros ilegais, além de máquinas e insumos, como tabaco triturado, filtros e embalagens de carteiras de cigarro de marcas do Paraguai e do Brasil, tudo utilizado na produção clandestina.

Após a abordagem policial, com a realização das prisões e apreensão das mercadorias, o Instituto Geral de Perícias realizou perícia do local, visando materializar os crimes ocorridos no local e encontrar vestígios capazes de identificar outros membros da organização criminosa. No local, a equipe do IGP constatou que os equipamentos estavam em pleno funcionamento, sendo documentada toda a cadeia de produção industrial dos produtos ilegais, desde a fase inicial, consistente no corte dos filtros e do papel, com posterior introdução do tabaco triturado para a confecção dos cigarros, passando pela fase final de embalagem em maços e pacotes, que eram acondicionadas em caixas de papelão, cada um com 50 pacotes.

A investigação criminal teve duração de aproximadamente três meses para a localização da fábrica clandestina de cigarros em Agudo, sendo possível constatar que estava em funcionamento por cerca de dois anos, produzindo em torno de 300 caixas, cada uma com 50 pacotes, num total de 150.000 mil maços, em apenas um dia. No mercado clandestino, cada caixa de cigarros é vendida por cerca de R$ 1.000 totalizando a quantia de R$ 300.000 de faturamento bruto por dia.

Ainda, a investigação criminal apontou indícios de que a produção de cigarros guarda relação com o tráfico de drogas, tendo em vista que uma facção com atuação na zona sul do Estado estaria produzindo cigarros ilegais na Região Central, mais especificamente no município de Agudo.

Para além do fornecimento de drogas, a mencionada facção estaria estendendo os negócios ilícitos para, também, distribuir cigarros produzidos ilegalmente tanto para a zona sul do Estado quanto para a Região Central, ocupando, para tanto, o município de Agudo como sede para a produção, sobretudo pela facilidade de utilização das rodovias para escoamento da produção ilícita, em face da privilegiada localização do município no mapa do Estado.

Segundo informações coletadas no local, a fábrica ilegal de cigarros utilizava como “fachada” uma empresa de arroz com sede em São Borja, indicando que para além da prática de crimes de tráfico e crimes contra as relações de consumo, poderia haver a consumação de estelionatos contra os produtores da região por meio da compra fraudulenta de arroz.

Os presos estão sendo autuados em flagrante na Delegacia de Polícia de Agudo e serão oportunamente encaminhados ao sistema prisional.

A polícia segue investigando para identificar outros envolvidos na organização criminosa.

Fonte: Rádio Agudo 90.1

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