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Conta de luz ficará mais cara a partir de maio

 

Fim do período chuvoso e uso de termelétricas encarecem energia elétrica, de acordo com Aneel

A Aneel anunciou que as contas de luz terão aumento a partir de maio. A bandeira tarifária amarela será aplicada, o que significa um custo extra de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.

O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015 pela Aneel, reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica.

Aumento na conta de luz

Desde dezembro de 2024, vigorava a bandeira verde, sem cobrança adicional, graças às boas condições de geração de energia no país. No entanto, segundo a Aneel, o fim do período chuvoso e a redução das chuvas levaram à piora nas condições de geração hidrelétrica, o que pode exigir o acionamento de usinas termelétricas, que têm custo mais elevado.

Sistema de bandeiras tarifárias

Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias foi desenvolvido para refletir as variações no custo de produção de energia no SIN (Sistema Interligado Nacional). Com a bandeira verde, não há aumento na conta de luz. Já as bandeiras amarela e vermelha indicam custos adicionais, repassados diretamente ao consumidor.

Por que a conta de luz terá aumento médio de 4,67% em 2025?

A conta de luz terá aumento médio de 4,67% em 2025 devido a mudanças na estrutura de custos da energia elétrica no Brasil. A principal responsável é a TUSD — Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição — que remunera as distribuidoras pelo transporte da energia até as residências.

Segundo a TR Soluções, aproximadamente 90% do reajuste será causado por dois componentes principais: TUSD CDE (Conta de Desenvolvimento Energético): aumento de 23%; TUSD FIO B (custo da rede básica): aumento de 7,26%.

Ambos refletem pressões inflacionárias, custos de programas sociais e subsídios setoriais.

O que é a TUSD e por que ela pesa tanto na conta?

A TUSD é um encargo cobrado na conta de luz para remunerar as concessionárias de energia pela distribuição da eletricidade. Portanto, não está ligada ao consumo em si, mas sim à infraestrutura que transporta a energia até o consumidor.

Quem será mais impactado pelo reajuste?

O aumento médio de 4,67% incidirá principalmente sobre consumidores do chamado Subgrupo B, que inclui: residências; pequenos comércios; pequenas indústrias conectadas em baixa tensão.

Embora esse seja um valor médio, o impacto real pode variar bastante entre as distribuidoras, conforme o nível de custos operacionais e os subsídios administrados por cada uma.

Conforme a análise da TR Soluções, cerca de 68% das concessionárias terão variações tarifárias entre −3,4% e +12,8%. A maior alta projetada é de 28,87%, enquanto a menor representa uma redução de 10,38%.

Portanto, o aumento não será uniforme. Regiões com distribuidoras menos eficientes ou com maior volume de encargos tendem a sofrer mais.

Como se preparar para o aumento da conta de luz em 2025?

Embora o aumento da conta de luz em 2025 seja inevitável, é possível adotar medidas para minimizar seu impacto. Algumas ações práticas incluem:

Uso consciente da energia: desligar aparelhos em posição de espera, otimizar o uso de ar-condicionado e aquecedores;

Investir em eficiência energética: trocar lâmpadas por LED, usar eletrodomésticos com selo Procel A; instalar energia solar: sistemas fotovoltaicos reduzem a dependência da rede e protegem contra aumentos futuros; acompanhar bandeiras tarifárias: ajustar o consumo conforme a cor da bandeira pode evitar surpresas na conta.

Além disso, ficar atento aos reajustes e condições específicas da sua distribuidora pode ajudar no planejamento financeiro.

Energia solar como alternativa ao aumento tarifário

Diante da expectativa de aumento da conta de luz, cada vez mais brasileiros consideram a energia solar como uma solução econômica e sustentável.

Com a possibilidade de gerar parte ou toda a energia consumida, sistemas fotovoltaicos permitem: redução de até 95% na conta de energia; retorno do investimento em menos de cinco anos; proteção contra aumentos tarifários futuros; valorização do imóvel e contribuição ambiental.

Apesar de exigir um investimento inicial, o sistema pode ser financiado com parcelas equivalentes ou até menores que a conta de luz convencional. Assim, trata-se de uma alternativa viável diante do cenário inflacionário do setor elétrico.

O que esperar dos próximos anos?

A tendência é que os reajustes continuem ocorrendo anualmente, seguindo as variações dos encargos setoriais, da inflação e dos subsídios. O modelo tarifário brasileiro está em constante revisão, e novas regras podem surgir para tornar o sistema mais equilibrado.

Contudo, enquanto essas mudanças não se consolidam, os consumidores precisam buscar alternativas. Seja por meio da eficiência energética, seja com geração própria, é essencial adotar medidas que reduzam a dependência das distribuidoras.

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