Produtores de Anta Gorda estão satisfeitos com os resultados da safra 2024/2025
Por Manoela Alves
A colheita do fumo, que teve início no final de 2024 e segue no início de 2025, tem sido acima das expectativas para os produtores da região.
O produtor e secretário de Agricultura, Junior Maso, em sua propriedade familiar, neste ano plantou 100 mil pés, entre as variedades Virginia e Burley, ou seja, de estufa e de galpão.
“Até o momento para o município de Anta Gorda o tempo está trabalhando muito bem. Choveu bem para desenvolver a cultura e agora tem feito vários dias de sol, os quais facilitam muito a colheita garantindo uma qualidade boa e um bom peso”, descreve Maso.
O fumo e a economia
Desde 2018 a cultura do tabaco tem sido uma das que mais remunera os produtores por metro quadrado, diferente dos anos anteriores, onde muitos desistiam por falta de uma remuneração justa.
Maso também explica que a cultura tem se mantido pois já houve muitos produtores que desistiram. “Nos últimos anos alguns produtores estão parando, porém os que continuam, as vezes plantam um pouco mais ou até mesmo produzem mais. Então há um equilíbrio fazendo com que a cultura se mantenha como a 4ª economia do município de Anta Gorda movimentando cerca R$20 milhões em venda de tabaco na Safra 2023/2024”.
Expectativas para os próximos anos
Como produtor Maso destaca a importância da diversificação de culturas nas propriedades. “Eu como produtor vejo a atividade como a principal fonte de renda de minhas propriedades, mas que além de fumo plantamos milho, erva-mate, eucalipto, temos vacas de leite, vacas de recria e engorda. Entendemos que a propriedade quando diversificada tem várias entradas de dinheiro e é menos vulnerável a intempéries do tempo”.
Como fonte econômica para o município de Anta Gorda, o secretário também destaca a importância da cultura do tabaco nas propriedades rurais.
“Eu, como secretário, vejo a cultura como muito importante no sentido de gerar o sustento de muitas propriedades rurais, cerca de 400 famílias. Embora seja uma atividade de alto risco, pela exposição a agrotóxicos, dias quentes, dias em que o tabaco está molhado. Se os produtores tomarem os devidos cuidados e seguirem as orientações passadas pelas empresas fumageiras, as quais o produtor está vinculado, pode ser uma atividade muito lucrativa”, finaliza.