Secas recorrentes prejudicam desenvolvimento de lavouras e pastagens para gado
Por Oneide Marcos/Willyan Pedroso
Valmor Darrif, produtor rural e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, falou a respeito do sistema de irrigação que tem em sua propriedade rural.
“Eu tenho esse sistema há oito anos; no começo eu usava pouco devido aos custos com energia. Depois, investi em placas solares, o que facilitou bastante, e hoje, uso direto, com bons resultados. É uma necessidade, em vista das secas, uma atrás da outra”, argumenta.
O sistema adotado por ele, de irrigação, é por aspersão.
A irrigação, segundo o agricultor, proporciona estabilidade e segurança à propriedade, principalmente para o gado de leite, onde é preciso muita pastagem para alimentar os animais. “Hoje, tenho três hectares de pastagens irrigadas; construí um açude próprio para irrigação, dentro da legislação”.
Conforme ele, a burocracia é um entrave para a instalação do sistema de irrigação. “Tem os programas do estado para a irrigação, mas a burocracia é grande, visto que nossos recursos hídricos não são tão grandes”, declara.
Atualmente, 44 vacas estão em lactação, se alimentando da pastagem irrigada na propriedade. O produtor tem áreas de lavoura não irrigadas também.
Milho e soja
Sobre a estiagem na região de Nova Alvorada, Darrif, como presidente do STR, afirma que muitas lavouras, principalmente de soja e milho, estão sendo atingidas. “Vemos que estamos chegando num ponto crítico da estiagem, com perdas e prejuízos nas lavouras, prejudicadas também pelo calor intenso”.