Quando pensamos em agricultura antigamente, quando lembramos da época de nossos avós e bisavós no trabalho do campo, lembramos das dificuldades. Um trabalho árduo, braçal e que não tinha seu real valor reconhecido. O sonho do homem e da mulher do campo era que seus filhos estudassem para ter uma vida melhor, fora da roça.
Quantos jovens saíram das propriedades das famílias para tentar uma vida melhor na cidade grande, com melhores oportunidades e assim teve início um grande êxodo rural.
O tempo foi passando, a vida do produtor foi melhorando, a agricultura familiar ganhou seu reconhecimento, a tecnologia chegou ao campo, mas a escassa mão de obra sempre foi um dos grandes problemas.
O que vemos hoje é uma real preocupação das lideranças políticas em manter o jovem na agricultura familiar, mas para isso, é preciso que tenham incentivos reais.
Entidades como Emater e Sindicatos estão sempre em busca de alternativas para que haja sucessão familiar. A tecnologia e os incentivos são aliados da juventude no agro.
Ontem o governo do estado do RS anunciou um aporte de R$6,5 milhões para o Projeto dos Jovens da Agricultura Familiar, sendo que cerca de 260 jovens que estavam com seus projetos em espera serão beneficiados.
Anta Gorda, que já tem 13 jovens contemplados, pode vir a aumentar este número, com mais projetos para investimentos dentro das propriedades.
O brilho no olhar dos jovens quando contam sobre seus projetos futuros, quando falam de suas ideias e seus sonhos dentro da propriedade familiar é encantador. O jovem rural tem potencial, tem planos, projetos, precisa apenas que as políticas públicas sejam voltadas para ele.
O desenvolvimento da agricultura familiar precisa de condições para a permanência do jovem na propriedade, o que requer capacidade de estruturação, investimentos e condições que motivem a permanência na atividade familiar.