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Uma escola para um aluno: mesmo com poucos alunos, escolas continuam funcionando

Instituições estaduais estão em processo de cessação de atividades pelo baixo número de matrículas

Duas escolas estaduais da região chamam a atenção por estarem abertas, com uma estrutura física, pedagógica, financeira e de recursos humanos para atender um número reduzido de alunos.

Trata-se das escolas estaduais de Ensino Fundamental São Paulo, localizada na Linha Quinta Roman, em Arvorezinha, com um aluno matriculado no 4º Ano, e Ventura Miglorini, localizada na Linha Gramadinho, Ilópolis, com dois alunos do 5º Ano. Nas duas escolas, pertencentes à 25ª Coordenadoria Regional de Educação, sediada em Soledade, os alunos são atendidos por uma diretora e uma professora.

Excelente estrutura

As duas escolas citadas têm excelente estrutura física e pedagógica, com parquinhos infantis, salas de aulas amplas e equipadas, merenda de ótima qualidade, verbas estaduais e federais para sua manutenção, equipamentos tecnológicos e didáticos e uma equipe de profissionais preparados para atender um número bem maior de alunos, do 1º ao 5º Ano; é altamente desejável e recomendável que alunos de áreas rurais estudem nas escolas rurais de sua abrangência. Porém, pelas informações que circulam nas comunidades, as famílias estão se mudando para as cidades, reduzindo muito o número de alunos nas escolas rurais, causando essas distorções e um verdadeiro desperdício de recursos públicos. Não é viável manter escolas abertas, com essa grande estrutura para um, dois alunos. É inviável.

Aspectos pedagógicos

Outra questão importante também deve ser levada em conta: o único aluno da Escola São Paulo não convive com outras crianças, algo muito necessário para a sua socialização e desenvolvimento. Os seus recreios são solitários, assim como suas aulas de Educação Física e todas as outras atividades pedagógicas que seriam muito mais enriquecedoras se tivesse com quem compartilhar as experiências. O mesmo se aplica aos dois únicos alunos da Escola Ventura Miglorini.

Mesmo com toda a dedicação e esforço das profissionais que trabalham, de forma legítima e legal, nessas escolas, elas não conseguem substituir a presença de outras crianças no ambiente escolar. Escola é aprendizado, alegria, convivência e crescimento coletivo.

O que diz a Coordenadoria

Em contato com a coordenadora regional de Educação, Sandra Zatt Grando, a mesma informou que a Seduc e a CRE estão atentas à situação e que medidas estão sendo tomadas, segundo o que prevê a legislação para tais casos.

Sandra explicou o porquê dessas situações existirem. “A extinção do funcionamento de uma escola é feita de forma progressiva, até se extinguirem as matrículas dos alunos matriculados no último ano oferecido pela escola, nos dois casos, o 5º Ano do Ensino Fundamental”.

A coordenadora detalhou como o processo de extinção e funcionamento acontece, segundo a legislação: “Temos um prazo de seis meses para conversar com a comunidade e organizar a documentação para cessar as suas atividades. Nas próximas semanas, iniciaremos essa organização para resolver essa situação”.

Coordenadora Sandra explica o andamento do processo de encerramento das atividades das escolas
Escola Ventura Miglorini, da Linha Gramadinho, Ilópolis

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