Quando se fala em educação de qualidade, a primeira coisa que se deve pensar é em pessoas.
Pessoas ensinando pessoas e aprendendo com pessoas! Não que as estruturas físicas não sejam importantes, mas quem faz a diferença são as pessoas, ou melhor, a motivação das pessoas.
Eis aí o grande desafio dos nossos tempos: como motivar pessoas?
Sim, o dinheiro, a remuneração financeira e os benefícios, a valorização econômica em si, são importantes, mas para conseguir motivar alguém de verdade, é preciso ir muito, além disso. É preciso ir além do bolso, que é sensível sem dúvidas, mas motivação verdadeira só acontece quando os corações e as mentes são tocados.
Ameaças de punições e perseguições, como tem se visto, geralmente costumam produzir efeito contrário.
Motivar exige capacidade de liderança, de encantamento, exige profundo conhecimento sobre as regras e normas, mas também exige sensibilidade e empatia para se colocar no lugar do outro, compreender suas dúvidas, seus medos e suas aflições.
Quais são as travas, os bloqueios, o que está impedindo estes professores de brilharem, de trabalharem com satisfação, amor e alegria, o que os impede de liderar seus alunos para descortinar o magnífico e surpreendente mundo do conhecimento?
É desenvolvimento de habilidades, desenvolvimento humanístico, técnico, pedagógico, o que está faltando? É preciso habilidade para detectar onde estão as carências, que pontos podem e precisam ser trabalhados e gradualmente introduzir ações que estimulem o desenvolvimento da classe docente.
Recriminar, marginalizar, agredir, ameaçar quem já está sofrendo, porque certamente não está satisfeito tanto com sua produção como com os resultados que gera, só agravará a situação.
Fazer a revolução na educação que Arvorezinha precisa e merece é possível, mas é preciso começar pela base e ter paciência. Não será no grito ou em um passe de mágicas que tudo vai acontecer.