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“Era Ela. Era a Mariane”: amor inesperado transforma a vida de um casal

 

Em meio às paisagens tranquilas da comunidade de Santo Antônio de Lisboa, interior de Camargo, mora um amor que floresceu de forma inesperada, mas profundamente desejado. Eliane Cetti Dambros, de 60 anos, casada com Heitor Dambros, de 67, encontrou no toque de uma campainha, há 28 anos, o maior presente que a vida poderia lhe oferecer: uma filha.

“Nos casamos sonhando com filhos, com uma casa cheia de alegria, de vozes e bagunça de criança”, relembra Eliane. “Mas o tempo foi passando e entendemos que isso talvez não fosse possível para nós.” Até que, em 1997, ao voltar do trabalho, ainda quando morava em Marau, um momento mudou tudo. “A campainha tocou e nossa vida ganhou um novo sentido. Era ela. Era a Mariane”, relembra.

Eliane não gosta de usar palavras técnicas ou burocráticas para descrever o vínculo com sua filha. “Não gosto de dizer que adotamos. Porque a verdade é que ela nos foi dada. Ela foi um presente enviado por Deus, colocado diretamente nas nossas mãos”, diz a mãe, orgulhosa da filha.

A chegada de Mariane trouxe uma dose dobrada de responsabilidade, mas também de amor, de propósito e de força. “Tínhamos que trabalhar, sustentar a casa, mas, principalmente, tínhamos que amar. E isso a gente tinha de sobra”, conta.

Com o passar do tempo, Mariane cresceu em meio a esse amor gigante. Estudou, sonhou alto. “Ela queria ser médica. A gente sabia que seria difícil, mas nunca dissemos que era impossível.” Foi com o apoio do programa Crédito Educativo do Município que Mariane pôde dar os primeiros passos na realização de seu sonho.

“Nós ajudamos como pudemos. Ver ela se formar foi uma emoção que não dá para descrever. Chorei o tempo todo. Era como se todo o esforço tivesse sido recompensado ali, naquele sorriso de formatura.”

O nome Mariane não foi por acaso. “É a junção de Maria, a mãe de Jesus, com Eliane, que sou eu. Uma escolha cheia de significado, cheia de amor”, conta com orgulho.

Hoje, Eliane segue firme em sua missão de mãe: “Meu conselho pra quem tem filhos, de coração ou de sangue, é nunca desistir. Porque se você desiste, a sociedade assume. E nem sempre esse acolhimento é justo, é verdadeiro, é amoroso.”

Com a voz emocionada, ela conclui: “Nosso lema sempre foi ajudar e perdoar. Porque não existe nada mais bonito do que ver um filho fazendo o bem. Dinheiro passa, sucesso passa, mas o amor de família, esse permanece. Ver nossa família reunida, isso não tem preço. É um presente que eu agradeço todos os dias por ter recebido”.

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