Jaqueline, mãe de três filhos, onde dois aguardam por uma cirurgia
Uma mãe que faz tudo por seus filhos, assim se define Jaqueline da Costa, moradora da Comunidade do Marmeleiro, interior de Nova Alvorada, que aguarda por procedimento cirúrgicos para dois filhos, Natacha de 12 anos que precisa operar a coluna e o pequeno Gael, de apenas cinco meses, que nasceu com pé torto congênito, (PTC).
Chama-se de PTC uma alteração nos ligamentos, músculos, tendões e ossos dos pés que ocorre ainda na gestação. Não há uma definição médica dos motivos dessa condição e uma em cada 1000 crianças pode nascer com este problema.
Jaqueline conta que a gestação de Gael não foi muito fácil. “Eu tenho pressão alta e precisei realizar o parto dele antecipado. Na gestação já havíamos descoberto que ele tinha os pezinhos tortos”, explica.
O encaminhamento para a realização da cirurgia do pequeno Gael já foi solicitado pela Saúde de Nova Alvorada, que tem dado todo suporte e apoio para a família. “Eu agradeço muito aos médicos e profissionais da Saúde que nos atendem, são excelentes. Mas sei que o Gael precisa ser operado em Passo Fundo e a Natacha em Porto Alegre e isso pode demorar um pouco”, conta Jaqueline.
A rotina da casa com os pequenos
Jaqueline mora com o marido, Adriano Morais, e os três filhos, duas meninas e o caçula Gael. “Minha rotina com as crianças é muito boa, meus filhos para mim são tudo, são tudo na minha vida. O Gael não precisa de tratamento com medicações, apenas aguardar a cirurgia. A minha menina sente muita dor, precisa ser medicada e ter muito cuidado para não agravar o caso dela”, continua a mãe.
Jaqueline explica o susto quando sua filha, com apenas 12 anos foi diagnosticada com um grave problema na coluna. “A minha menina começou a se queixar muito de dores nas costas, ela chegava a chorar de tanta dor. Foi quando levamos ela no médico e, com os exames, descobrimos um caroço na coluna. De imediato já foi solicitada a cirurgia, que será realizada em Porto Alegre, mas ainda não tem data definida, estamos no aguardo há uns dois meses.
Ela vai para escola normal, mas foi proibida de correr, fazer atividade física, porque há o sério risco de ela ficar paraplégica caso venha a machucar as costas. O médico disse que isso pode ter sido de uma lesão antiga, mas nunca havíamos percebido”, continua.
Jaqueline se mostra uma mãe dedicada, batalhadora e incansável. “Eu já passei por cada coisa que é difícil relembrar tudo, não posso desistir por que eu tenho meus filhos, eles me deixam forte, me fazem seguir em frente. O Gael foi muito desejado por mim, meu marido e as manas dele. Eu desejei tanto ele, pois já havia perdido um, e eu pedi muito a Deus que me desse um filho e Deus me enviou ele para confortar meu coração. O Gael é muito amado e eu faço tudo por meus filhos, meu marido que é um pai excelente e um homem incrível. Da minha família eu tiro as minhas forças todos os dias”, finaliza Jaqueline.