Estratégias de controle da ampola-da-erva-mate e as perspectivas de mercado para esta safra foram assuntos abordados durante a reunião da Câmara Setorial da Erva-mate, realizada nesta quarta-feira (26) de forma virtual pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR).
Durante a reunião, foi colocada a necessidade de orientar os produtores sobre o manejo dos ervais para evitar a ocorrência de ampolas-de-erva-mate, praga que causou prejuízos no polo Alto Taquari, região que produz a maior parte da erva-mate do Estado.
O presidente do Sindicato da Indústria do Mate do Rio Grande do Sul (Sindimate-RS), Alvaro Pompermayer, avaliou que condições como seca, falta de água e adubação excessiva favoreceram o surgimento da praga e que deve haver um esforço no sentido de buscar uma solução.
Foi então sugerida uma campanha de conscientização sobre o manejo adequado dos ervais para setembro ou outubro, quando começam novamente as condições ideais de infestação da ampola. O coordenador da Câmara Setorial da Erva-mate, Tiago Fick, disse que a SEAPDR trabalhará esta pauta internamente, em conjunto com a Emater/RS-Ascar.
Perspectivas de mercado
Com a colheita que se iniciou esta semana, em Ilópolis, a cadeia produtiva da erva-mate tem como expectativa para esta safra que se mantenha a alta no consumo e nas exportações em relação ao período pré-pandemia – o consumo aumentou 20% e as exportações, 40%. “Com a pandemia, o hábito de beber mate individualizado, sem compartilhamento, deve permanecer. Mas precisamos priorizar a pesquisa de mercado para ampliar horizontes”, analisou o presidente do Instituto Brasileiro da Erva-mate (Ibramate), Alberto Tomelero.
No próximo encontro, em data ainda a ser marcada, a Câmara Setorial vai definir um novo coordenador, que seja integrante da cadeia produtiva, e deverá debater as demandas do setor para o período 2022-2023.