InícioMunicípiosArvorezinhaCom clima tenso, assembleia do Ibramate é transferida

Com clima tenso, assembleia do Ibramate é transferida

O Instituto Brasileiro da Erva-Mate (Ibramate) tinha assembleia marcada para a manhã desta sexta-feira, 07, na sede da Associação Comercial, Industrial, Serviços e Agronegócios (Acisar), em Arvorezinha. Na pauta do dia, apresentação do relatório das atividades, referente a 2017, exposição do balanço financeiro e, em segundo momento, eleição e posse do presidente e do vice-presidente do Conselho Deliberativo.

Do que havia sido programado, nada ocorreu. No dia anterior, o presidente em exercício, Giovani Valério Gaspar, renunciou ao cargo, deixando vaga a direção do Ibramate. Com esta situação, diz Jorge Gustavo Birck (assessor jurídico do Sindimate, assessor técnico da Câmara Nacional da Erva-Mate e produtor), a assembleia não poderia ocorrer por não estar de acordo com o estatuto da entidade. “Em função da renúncia do presidente, deveria ser convocada uma assembleia extraordinária”, destaca.

Birck reforçou que o estatuto determina a escolha, entre os atuais conselheiros de um nome para assumir a presidência. Na hipótese de nenhum deles tiver interesse de ocupar o cargo até que termine o mandato, todos deveriam renunciar e uma nova eleição, então para o mandato integral de três anos, ser convocada. A ausência de conselheiros representantes de duas entidades integrantes do Ibramate também serviu de motivação para a invalidação da assembleia desta sexta-feira.

Giovani Valério Gaspar optou por não falar para a imprensa sobre o que o teria motivado a renunciar. Lamentou a desunião do setor e disse esperar a participação mais ativa de todos, assim como foi na assembleia. “Todos deveriam trabalhar de forma unida, como está acontecendo, agora, é preciso que se faça parte do Ibramate, sendo ativo para evitar esta situação”, alfineta os integrantes do Sindimate, que contestaram a legalidade do encontro.

A desunião percebida por Gaspar também foi citada pelo ervateiro Sérgio Antônio Picolo, de Erechim. “Há muita desunião dentro do setor, mas quem ainda tem responsabilidade e responde pelo setor é o Sindimate. O pessoal não gosta de ouvir, porque tem que pagar e quem paga é meia dúzia”, afirma. A demonstrar seu posicionamento, em relação à necessidade de mais união, Picolo foi aplaudido pelos demais.

Na coordenação dos trabalhos, Roberto Ferron ficou desolado com a situação. “Fica uma situação constrangedora para todos. O pessoal (Sindimate) poderia ter dado este tipo de orientação antes, daí chegam agora e acontece isto”, lamenta. Ele credita à falha no estatuto a dificuldade de condução do instituto. “Nosso estatuto é dúbio, mas poderia ter bom senso e se resolver tudo hoje, afinal, a maioria está presente, até os novos conselheiros estão.”

Sem acordo sobre a possibilidade da realização da assembleia, um novo encontro foi agendado para a quinta-feira, 12, às 9h30min, na sede da Acisar. Na oportunidade, em caráter extraordinário devem ser eleitos o presidente e vice-presidente.

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