Safras recordes marcam a colheita de pêssegos
O produtor camarguense, Neri Bordin, morador da comunidade de São Vitor, em Camargo, é conhecido na região pela produção de frutas em sua propriedade, chegando neste momento à época da colheita dos pêssegos. Tendo iniciado a colheita por volta de 15 de novembro, ele destaca que este ano a safra se mostra excelente.
“A colheita está surpreendendo, o clima está quente e seco, o que não é o ideal para o pêssego, mas não houve prejuízos. A safra se estende até 10 de janeiro, para as variedades mais tardias, esse é o período que costumamos encerrar a colheita, mas claro, sempre depende de como o clima vai reagir”, explica.
Até o momento o produtor não calculou precisamente o quanto já foi colhido, mas faz a estimativa de quatro a cinco mil quilos até o momento. “Na última safra tivemos muitas perdas, mas não estávamos ainda produzindo esta variedade que colhemos agora, então estamos tendo este incremento de produção. Eu acredito em uma excelente safra este ano, superando todas as expectativas”, continua.
Produtor investiu também na diversidade de produção
Além dos pêssegos, a família Bordin vem cultivando e comercializando pitaias, uma fruta que se origina de um cacto e tem grandes benefícios para a saúde. “Este ano a falta de chuva está afetando as pitais, pois ela necessita ser constantemente irrigada para crescer e florescer bem. Este ano está tendo o sol e calor necessário, pois ela precisa de insolação, mas a chuva está escassa e isso prejudica a floração dela”, explica
A partir do mês de dezembro inicia a floração das pitaias e dentro de 60 dias já há frutas para serem colhidas. “O prazo dela é bem curto entre a floração e a maturação da fruta. Quando não há chuva o suficiente nós apelamos para a irrigação”, continua.
“Nós ainda não temos muita experiência com essa espécie, pois é recente o nosso trabalho com ela, são necessários ao menos quatro anos para se ter retorno do investimento feito, pois nos primeiros anos ela produz, mas não em sua capacidade máxima”, continua.
De acordo com o produtor, a dificuldade em aceitação da pitaia está muito mais na parte comercial do produto. “Se você não fizer um bom marketing dela, ninguém verá essa fruta como um atrativo, pois é preciso entender seus benefícios para a saúde, para que o cliente se sinta atraído em consumir. De certa forma, as propriedades farmacológicas dela é a maior do produto, mas ela ainda não é tão atrativa quanto o pêssego, quando se leva em consideração o aroma e sabor”, continua.
“Mas a partir do momento em que se tem uma boa produção, o preço cai no mercado, com todos os benefícios para a saúde, a pitaia tem tudo para ganhar um grande mercado, claro que este é um trabalho de anos para chegar em momento excelente”, finaliza.