| O cooperativismo e seus impactos positivos nas comunidades foi o centro dos debates em evento realizado na última sexta-feira, 30, no parque da Expodireto Cotrijal. Com a participação de representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), do Sistema Ocergs e da Escola Superior do Cooperativismo (Escoop), o encontro marcou a aula inaugural do programa Supernova, desenvolvido pela Cotrijal com jovens rurais ligados ao quadro social da cooperativa.
Neste ano, 65 jovens irão participar do programa, que terá aulas e atividades práticas em propriedades da região. A abertura do evento foi realizada pelo vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, que destacou a relevância da iniciativa e a importância da busca por conhecimentos e melhorias, que possam ser aplicados nas propriedades e na cooperativa. “É muito importante termos pessoas preparadas para seguir fortalecendo a Cotrijal, que em breve possam participar dos conselhos e da própria diretoria. Por isso, seguimos reforçando o trabalho realizado com os nossos diferentes públicos, especialmente com os jovens”, destacou Schroeder.
O painel “Cooperativas constroem um mundo melhor”, foi o destaque da programação, com discussões sobre a relevância deste movimento, capaz de gerar transformações positivas na sociedade e promover o desenvolvimento social e econômico através da força coletiva. Participaram deste momento o coordenador de Relações Governamentais da OCB, Eduardo Lima Queiroz, o gerente Geral do Sistema Ocergs, José Maximo Daronco, o superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal, Gelson Melo de Lima e o gerente de Marketing da cooperativa, Benísio Rodrigues. A mediação foi realizada pela coordenadora de Ensino, Pesquisa e Extensão da Escoop, Paola Londero. |
2025 é o ano das cooperativas
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| O momento também valorizou a escolha de 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Nós estamos vivenciando um momento bem importante, que é o Ano Internacional das Cooperativas, e também em uma discussão muito relevante para o mundo, que é a Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas, que vai acontecer no Brasil. Neste cenário, o cooperativismo brasileiro tem se destacado como centro da agenda do desenvolvimento sustentável e da economia compartilhada. E nós temos muita convicção de que as cooperativas são esse instrumento de políticas públicas, não só de inclusão financeira, de inclusão produtiva, mas de confiança, pois as cooperativas são negócios feitos por pessoas e para pessoas e que, portanto, elas têm no seu DNA, o que o mundo está precisando mais agora, que é essa confiança, além do interesse e do compromisso pela comunidade. Estamos em uma convergência de fatores muito positivos para termos o cooperativismo no centro da agenda de decisões em nível internacional e nacional”, destacou o Queiroz, representante da OCB.
O gerente Geral do Sistema Ocergs destacou o modelo cooperativo como uma forma de agregação, de colaboração e de empreendedorismo coletivo, reforçando a importância da união de forças das pessoas e das organizações, para a atuação no mercado, que está cada vez mais competitivo. “Também entendemos que nas comunidades onde estão inseridas, muitas vezes em cidades menores, as cooperativas têm um papel fundamental no seu desenvolvimento, proporcionando condições de melhoria de vida e de renda. Os jovens também se inserem nesse contexto pois, de certa forma, é uma alternativa para que eles permaneçam nas suas comunidades, consigam ter renda e uma perspectiva diferenciada de vida. Esse modelo segue se fortalecendo e a história já conta que construímos vidas e lares cada vez melhores no ambiente cooperativo”, complementou Daronco.
No mundo, são mais de 3 milhões de cooperativas, 1 bilhão de cooperados e 280 milhões de empregos vinculados ao movimento. Essas e outras informações sobre a representatividade e a essência do cooperativismo foram abordadas pela representante da Escoop, Paola Londero, durante a palestra “A força do nós: o cooperativismo como estratégia de futuro”.
“O movimento cooperativista reúne cooperativas aqui no Rio Grande do Sul, no Brasil e no mundo. E por que devemos falar desse assunto com os jovens? Porque os jovens estão moldando o futuro do mundo. E se a gente vai trabalhar com um futuro diferente, um futuro que pensa na sociedade, que constrói resultados pensando no outro, a gente precisa falar de cooperativismo”, destacou Paola.
Voltado ao desenvolvimento dos jovens, o programa Supernova terá mais quatro encontros presenciais, que irão abordar temas como tecnologia, sucessão, finanças, empreendedorismo rural, futuro e sustentabilidade. A inciativa é desenvolvida em parceria com a Escoop. |
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