Boa parte dos cerca de mil habitantes do município de Doutor Ricardo vêm sofrendo com a estiagem, a qual assola todo o Estado. Porém, o que preocupa o Poder Público ricardense é que, além de prejudicar as lavouras, a estiagem está acarretando na falta de água para as pessoas consumirem.
“Temos várias propriedades afetadas pela falta de água e estamos disponibilizando um caminhão pipa, que está fazendo esse transporte, bem como um trator que puxa água com a bomba. Mas a maior dificuldade é onde vamos buscar essa água. Na gruta é onde mais pegamos, mas temos que ter cuidado com a quantidade. Também pegamos de uma fonte numa propriedade particular, que o proprietário nos cedeu. Lá conseguimos ter um pouco mais de volume de água para poder abastecer as comunidades e seus animais”, destaca o prefeito Álvaro Giacobbo.
Segundo ele, um fator bastante complicado é a água para consumo humano. “Temos a cedência de uma empresa que tem um poço de onde puxamos em torno de 20 mil litros por dia para colocar em uma caixa que abastecesse nossa comunidade”, diz.
Giacobbo afirma que toda essa situação é preocupante para o município que já decretou situação de emergência em razão de estiagem. O decreto foi reconhecido pelo Estado e União. “Mas é preciso tomarmos atitudes imediatas para resolver o problema. Por mais que venha algum recurso ele demora e vai chegar talvez num momento em que a situação já esteja resolvida. Nós, como município, precisamos resolver as coisas logo, afinal, as pessoas confiaram em nós para isso”, declarou.
“Sem contar os agricultores que o primeiro plantio já perderam praticamente todo. Esperançosos, no momento que deu uma chuva foram lá e plantaram de novo, mas como estamos há 20 dias sem chuva, acabaram novamente prejudicados. São pessoas que merecem nosso reconhecimento e cabe ao município dar o suporte”, acrescentou.
Já com alguns orçamentos em mãos, o Poder Executivo deve, em breve, realizar investimento em um poço com vasão. “Vai custar em média de R$ 500 mil, além das redes de ligação. É um investimento alto, mas precisa ser feito para dar tranquilidade à nossa comunidade. E claro, esperamos que a chuva venha logo e em grandes quantidades para conseguirmos dar a volta. Enquanto isso, pedimos às pessoas consciência, que evitem o desperdício”, alertou.