Na instável noite de sábado, 06 de maio, iniciou a programação do Filó de Doutor Ricardo, na comunidade do Rio Verde. Foi uma noite que, mesmo com a instabilidade do tempo, cerca de 400 pessoas confraternizaram com a comunidade do Rio Verde, que contagiou com a simplicidade, cordialidade e calor humano a todos que lá estiveram.
A ornamentação do salão da comunidade foi rústica, com plantas, frutas e utensílios dos moradores da comunidade. A programação iniciou com um teatro ao redor do fogão a lenha, que retratou e lembrou com originalidade da história dos filós com o encontro das famílias, a religiosidade, o partilhar dos alimentos, a bebida típica, a brincadeira das crianças, a cantoria, hábitos e costumes.
Tudo aconteceu ao redor de dois fogões a lenha, que passaram o tempo todo com lenha e sabugos, lembrando o que ainda é feito hoje em muitas casas. No fogão, depois, foi feito pinhão na chapa e descascado com martelo de madeira (feito especialmente para isto), batata doce na chapa, o chá, pinhão cozido na água e água na chaleira para o chimarrão.

Outros destaques ficaram por conta do vinho encanado, o pinhão no panelão de ferro e o pinhão assado na grimpa. O vinho contou com cerca de 20m de mangueira, passando por um poste de eucalipto até chegar na torneira de madeira para ser servido, ambientado com a simbologia de uma casa rústica, pé de bananeira, ariticum, e outras frutas. Já o panelão com pinhão passou praticamente o dia sendo preparado para estar no ponto de servir na hora do Filó, feito com fogo de chão. O pinhão assado na grimpa foi atração quase ao final do evento.
Comer bem sempre foi um hábito, um costume dos imigrantes, que compartilhavam comidas e bebidas nas casas, e foi o que aconteceu. O cardápio típico preparado pela comunidade e pela Administração Municipal contou com a colaboração dos que participaram do Filó. A boa música italiana esteve presente com o grupo italiano Ragazzi dei Monti.