Brutal. Assim foi considerado o homicídio registrado no Bairro Pinheiro, em Arvorezinha, na noite do domingo, 11, por volta das 20h, o qual vitimou Rafael Moreira da Silva, de 32 anos.
De acordo com a delegada responsável pela investigação, Camila Neiva Almino, a Polícia Civil segue colhendo provas, sendo que já existem dois suspeitos pela prática do crime. “Conforme as imagens os suspeitos chegaram a pé, porém após, se deslocaram em um veículo. Não houve confronto. A vítima estava deitada no sofá da sua residência, quando os suspeitos adentraram a casa e já foram efetuando os disparos. De acordo com a perícia foram realizados cerca seis disparos de arma de fogo calibre 38, inclusive foram encontrados alguns projeteis já no local”, revela.
A vítima foi executada em frente à esposa e aos três filhos, menores de idades, segundo a delegada. Esse é o quarto homicídio registrado neste ano em Arvorezinha, em curtos intervalos de tempo, sendo que todos chamam a atenção pela brutalidade com que são praticados. “Os homicídios estão sendo realizados de forma bastante cruel, mas vamos dar a resposta para a sociedade e para estes criminosos, os quais já estamos identificando”, frisou.
Conforme ela, o tráfico de drogas tem sido a principal causa da onda de crimes. “Esse homicídio está relacionado com outros diversos que vem acontecendo. Há envolvimento de tráfico de entorpecentes, que está muito forte na região, e sabemos ainda que há uma facção, mas nós estamos, com bastante esforço, buscando fazer justiça”, declara ao ressaltar que os suspeitos pelo cometimento do homicídio do domingo são da região, e que, num outro momento já teriam tentado executar o irmão de Rafael (morto no domingo). “Naquela ocasião a delegada Alice Fernandes, que era responsável pela delegacia de Arvorezinha, realizou a prisão temporária dos suspeitos, porém, a prisão preventiva foi negada, e estes permaneceram soltos”, conta.
Ainda na noite deste domingo os suspeitos pela morte de Rafael foram detidos pela Brigada Militar, posteriormente foram ouvidos, mas não foram presos pela ausência de indícios fortes da materialidade do crime naquele momento. “Mas estamos colhendo novas provas, já colhemos muitas de ontem (domingo) para hoje, e posso afirmar que a madrugada foi intensa para nossos agentes policiais. Vamos ouvir mais testemunhas, realizar mais diligencias, e aproveito para pedir encarecidamente a ajuda da comunidade, pois cada informação, por menor que seja, pode ser imprescindível para a resolução de cada caso, lembrando que as denúncias são sigilosas”, enfatizou.
A delegada encerra explanando sobre os antecedentes criminais tanto da vítima como dos suspeitos. “A vítima tinha uma lista de antecedentes criminais bastante extensa, assim como os suspeitos. Rafael tinha muitas acusações sobre crimes patrimoniais como roubos e furtos, e também tráfico de drogas. Já os suspeitos, especificamente um deles, já tinha sido acusado de homicídio, tráfico de drogas, entre outros crimes”, finaliza.