Presidente da CIC do Vale do Taquari, Ivandro Rosa, lamenta o pouco envolvimento da região quanto à inclusão da ERS-332 no Plano de Concessões do Estado
Entra em pauta nesta quarta-feira, 6 de abril, com transmissão pelas redes sociais Facebook, Instagram, LinkedIn e pelo YouTube, o Plano de Concessões de Rodovias no Rio Grande do Sul. O debate será durante o evento Tá na Mesa, promovido pela Federasul em Porto Alegre, que vai do meio-dia às 14h de forma presencial.
Serão palestrantes os deputados estaduais Tiago Simon e Fábio Ostermann, o diretor regional da Federasul Região Metropolitana Darcy Zottis, presidente da CIC Vale do Taquari Ivandro Carlos Rosa, e o vice-presidente da Federasul Região Serra Elton Gialdi.
O presidente da CIC faz um apelo para que todos participem da reunião. “Amanhã cada região vai apresentar as demandas dos seus blocos e buscar um encaminhamento por parte da Federasul, que é uma entidade muito representativa e que tem uma grande visibilidade estadual, pois até então tratamos do assunto mais regionalmente”, disse.

Suspensão do edital
Segundo Rosa, uma das principais reivindicações do encontro será o pedido de suspensão do edital ao qual pertence o Vale do Taquari, para que o Estado faça o aprimoramento do projeto. “O nosso edital ainda não foi publicado e é nesta tecla que estamos insistindo. Estamos pedindo que não se publique o edital antes que tenhamos um projeto alinhado com as nossas necessidades e com as nossas reivindicações regionais. Neste momento é importante que todos façam o máximo de esforço possível para participar porque depois serão 30 anos que teremos que aguardar uma próxima oportunidade. São 30 anos de concessão que irão interferir na vida de toda a comunidade”, salientou ao destacar ainda a necessidade que o Estado reveja os locais das praças de pedágio.
Inclusão da ERS-332 no Plano de Concessões
O leilão para a concessão de 271,5 quilômetros de rodovias estaduais do bloco 3 do programa RS Parcerias será realizado pelo governo do Estado em 13 de abril. O edital contempla a região da Serra, terá investimentos de R$ 3,4 bilhões. O leilão terá como critério de julgamento das propostas a menor tarifa de pedágio ofertada pelas empresas interessadas.
As rodovias dentro do plano são as ERSs 128, 129, 130 e 453, sendo que a região pede pela inclusão da ERS-332, para que também seja beneficiada. Desde que anunciado pelo Estado que a ERS-332 estaria “de fora” do Plano de Concessões, iniciou-se uma tentativa de mobilização regional, porém, segundo Rosa, poucos tem aderido. O último encontro para tratar do assunto foi registrado na segunda-feira, 4 de abril, durante audiência pública realizada em Lajeado.
“Qual a nossa motivação em defender a ERS-332 se ela não se faz nem representar? Nós estamos querendo ajudar quem não quer ser ajudado. A gente fica comprando briga com outros segmentos e a região não se mobiliza”, lamenta Rosa. “Nós temos um compromisso e continuamos insistindo, porém estamos decepcionados por não ter o respaldo que imaginávamos ter. Talvez teremos que rever se estamos fazendo a coisa certa”, acrescentou.
Segundo ele, alguns estão manifestando apoio. “Mas precisamos de mais, precisamos de mobilização, se não, não vai para frente. Ontem tínhamos na audiência pública o auditório lotado, mas não havia nenhum representante de Encantado para cima, o que acaba enfraquecendo um pouco as pautas. Os prefeitos da região foram convidados a participar, porém se fizeram presentes apenas os de Encantado, Arroio do Meio, Muçum, Cruzeiro do Sul e o de Colinas”, conta.
Rosa ainda explana sobre a articulação com o Estado após a saída do governador Eduardo Leite. “No dia em que o governador renunciou eu estive com o secretário de Articulação e Apoio aos Municípios, Luiz Carlos Busato, na busca de mais subsídios e informações. Nós temos uma relação muito boa com ele, porém ele argumenta que a questão política é tratada pela Casa Civil. Solicitei então que encaminhassem para a audiência pública um representante do Estado, porém ninguém se fez presente, o que é lamentável, porque estamos discutindo e o processo não avança por não haver essa participação da outra parte na discussão”, pontua.
Ele encerra: “Dá para contar em uma mão as pessoas que estão buscando uma solução efetiva para a ERS-332. Desejar todos nós desejamos, mas é preciso dar um passo à frente”, concluiu ao revelar que solicitará ao Daer um relatório formal do quanto já foi aplicado e de como será a sequência dos trabalhos quanto às obras na ERS-332.