InícioDestaqueReunião debateu sobre os custos na produção de leite

Reunião debateu sobre os custos na produção de leite

Existem sistemas em que é possível ter uma rentabilidade melhor

Através de uma iniciativa do Conselho Municipal de Agricultura de Itapuca, o médico veterinário e extensionista da Emater-RS/Ascar, escritório de Vale do Sol, André Macke Frank e o produtor Rosmar Kretzmann, do mesmo município, estiveram na Linha Nona, interior de Itapuca, na tarde do dia 14 de novembro, terça-feira.

O objetivo da vinda do extensionista e do produtor foi conversar e palestrar para os produtores de leite de Itapuca sobre como reduzir os custos de produção na atividade leiteira, visto que o valor pago pelas empresas do setor que compram o leite está muito aquém das expectativas e necessidades dos produtores.

Frank iniciou falando dos números levantados pela Emater no estado sobre a cadeia produtiva do leite, que servem como indicativos para acompanhar como está o setor. “É um estudo bem completo onde são analisados o número de produtores, as dificuldades em seguir na atividade, as perspectivas, as tendências, as alternativas, enfim. Esse trabalho é realizado a cada dois anos e o de 2023 foi lançado na última Expointer”, esclareceu o extensionista.

Ele continuou: “Comentei sobre o preço do leite, que é normal esse sobe e desce no valor; o que desestabilizou muito foi a pandemia. Tentamos tranquilizar os produtores sobre o valor que estão recebendo”.

o produtor Kretzmann tem uma Unidade de Referência Técnica, uma propriedade que recebe mais atendimento por parte da Emater para servir de modelo para outras propriedades. Ele apresentou sua propriedade e seu trabalho para os produtores de Itapuca.

Frank explicou ao Eco Regional sobre essa propriedade. “O produtor tem um sistema de pastoreio “voisin” (manejo do gado em rotação por piquetes, que terão tempo variável de descanso de acordo com a estação do ano). conciliado a um sistema silvipastoril, ou seja, existem árvores no meio das pastagens. Ele tem 70 piquetes com água e as vacas são ordenhadas de manhã, passam o dia no piquete com água e sombra, desfrutando de bem-estar animal, com a dieta cumprida e ao anoitecer elas voltam para ser novamente ordenhadas e passam a noite no piquete noturno, perto de casa. Isso resulta em baixa mão de obra, e baixo custo de produção, com um leite de boa qualidade”.

O médico veterinário afirma que esse é um sistema resiliente, capaz de suportar seca, excesso de chuva, baixo preço do leite porque é um sistema que se mantém; é baseado em pastagens perenes, sendo necessário fazer apenas a sobressemeadura de inverno sobre a pastagem já existente. “Nesse sistema, o pasto, que é o alimento mais barato para as vacas, é a base de sua alimentação, e o objetivo não é tirar o máximo de produção de cada vaca, mas o máximo de produção por hectare. O produtor de Vale do Sol tem uma produção de 15 mil litros de leite por hectare com baixo custo, conseguindo sobreviver às crises do leite”, finaliza.

O produtor Rosmar Kretzmann concilia dois sistemas de produção

Deixe uma resposta

Digite seu comentário
Por favor, informe seu nome

SIGA-NOS

42,064FãsCurtir
23,600SeguidoresSeguir
1,140InscritosInscrever

ÚLTIMAS