Nesta terçafeira, 24 de junho, a guerra aérea entre Israel e Irã entra na sua segunda semana, mas abre uma janela para uma trégua, ainda que instável.
Últimos ataques:
Israel intensificou ataques no Irã, com bombardeios direcionados a instalações nucleares em Isfahan e centros de armazenamento de mísseis em Teerã, Rasht e outras cidades da costa do Mar Cáspio. Uma ofensiva aérea com cerca de 50 aviões visou especificamente a produção de centrífugas de urânio, poupando a usina subterrânea de Fordow, protegida por terreno montanhoso
Retaliações Iranianas:
O Irã lançou mísseis balísticos e drones contra alvos em Israel: Haifa, Beersheba e até um ataque simbólico contra a base aérea americana al Udeid, no Qatar, embora sem vítimas. Um míssil atingiu o Hospital Soroka, em Beersheba, causando dezenas de feridos e gerando forte repercussão internacional, acusando o Irã de violação de leis humanitárias
Vítimas até o momento
As autoridades iranianas confirmam mais de 610 mortos e cerca de 4 700 feridos, incluindo militares e civis.
Em Israel, o conflito deixou pelo menos 28 mortos e dezenas de feridos, segundo dados oficiais.
Cessar-fogo intermediário
Na madrugada de 24 de junho, entrou em vigor um cessar-fogo mediado pelos EUA, anunciado pelo presidente Donald Trump. Ambos os governos afirmam cumprimento, embora relatos apontem violações pontuais pouco depois.
Conclusão
O conflito demonstra uma dinâmica explosiva com nova combinação de guerra convencional e operações secretas. A trégua de 24 de junho representa um raro momento de alívio, mas sua fragilidade e os interesses ainda em jogo deixam o futuro da região altamente incerto. A atenção agora se volta aos próximos passos de Donald Trump — e se ele cumprirá o prazo de 25 de junho, quando o cessar-fogo pode expirar — e a disposição das partes em retomar negociações diplomáticas reais.