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A juventude que é a cara do agro

Com uma nova geração, a agricultura familiar está ficando cada vez mais jovem

Com uma visão empreendedora e diferenciada do que é o trabalho no campo, a juventude está chegando com novas ideias e novos investimentos, tendo como base, a propriedade da família e dando sucessão ao trabalho iniciado pelos pais e avós.

É assim que o jovem Thailon Marcante tem estado à frente dos cuidados com a propriedade familiar desde que seu pai assumiu o trabalho como secretário de Obras, no município de Camargo. Ele explica que sempre gostou deste trabalho com as lavouras e sempre auxiliou a família, mas que agora as decisões são tomadas por ele.

“Eu faço o que gosto aqui e hoje em dia preciso tomar diversas decisões sozinho, mas não me assusto mais, pois eu sempre estive junto, participando e ajudando os meus pais”, explica.

A colheita do trigo

Trabalho na propriedade da família na colheita do trigo

Na propriedade da família em Tunas, interior do município, foi realizada na última semana a safra de trigo, seguido pela preparação para o plantio de soja. “Plantamos 16 hectares de trigo e mais uma parte de aveia. Levamos em torno de três dias para finalizar a colheita e sempre esperando que a safra seja boa, torcendo para que não tenha seca. As expectativas há algumas semanas era melhor do que realmente se apresentou, esperávamos 50 sacas por hectare, mas vamos chegar em média a 45 sacas por hectare. Ano passado a safra chegou a 60 sacas, e isso decorre a diversos fatores como a qualidade do grão plantado, adubação, o clima. Tudo influencia em como será a safra”, explica Thailon.

O jovem produtor relata sobre uma perda que houve na plantação de aveia, devido aos ventos muito fortes, que derrubaram uma parte da cultura, gerando uma quebra de safra. “Nós conseguimos colher a maior parte sim. É uma pena o que ocorre, é uma frustração, mas a vida no campo é isso, depende muito do clima e de lidar com imprevistos”, salienta.

Preparação para o plantio de soja

Assim como grande parte dos produtores da região, a família Marcante aguarda o retorno da chuva para iniciar o plantio da soja na propriedade. “A previsão de chuva para os próximos dias ainda está abaixo do esperado. A janela de plantio vai até 10 de dezembro, mas o ideal é que ao final de novembro tudo já estivesse plantado. A falta de chuvas e a alta nos preços dos insumos são preocupações constantes de quem trabalha no campo, sempre é assim”, esclarece Thailon.

Sem medo de encarar as responsabilidades

Há um ano tomando a frente das questões da propriedade, Thailon conta com o auxílio dos pais, mas sabe o tamanho do compromisso que assumiu. “Mesmo com o auxílio que recebo, eu reconheço o que é preciso fazer. Cuidar do aviário, da lavoura, é algo que sempre fiz, não sozinho como agora, mas desde muito novo sempre senti que esse era o caminho. Seguir no agro, que eu adoro, é algo que incentiva ainda mais. A responsabilidade é comigo agora, mas desde o início estou levando de boa essa empreitada, organizando tempo, pedindo ajuda se necessário. É satisfatório poder estar na propriedade da família, dando continuidade ao que meu avô começou”, fala.

“A vida no campo hoje é diferente do que anos atrás, podemos investir em maquinários, o que auxilia no plantio e colheita, traz agilidade e menor trabalho braçal. Cada vez mais a tecnologia está sendo ligada ao agro para facilitar e melhorar o trabalho do produtor rural”, finaliza.

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