Alegrias compartilhadas, superação de dificuldades, companheirismo e muitas doses de paciência e amor. Esses são alguns dos segredos dos 60 anos de casamento de Arlindo Antônio Franzon, de 85 anos, e Nair Bortolli Franzon, de 79. Isso mesmo, são 60 anos de uma história de amor, abençoada em 06 de junho de 1964, na Igreja Matriz de Arvorezinha.
“Era uma manhã gelada, de geada”, recorda ela ao contar que o casamento foi realizado pela manhã. Na época, era servido café da manhã aos convidados, para recebê-los.
Como tudo começou
Antônio e Nair conheceram-se muito jovens. “Teve um baile, dançamos um pouco e ficou assim. Depois de uns dias teve uma festa em Cinco Voltas, nos encontramos de novo, mas não deu em nada. Ele passava todos os dias na frente da minha casa para ir trabalhar em Cinco Voltas. Eu o achava bonito. Estava sempre de mangas arregaçadas, com uns brações brancos”, recorda.
Já ele, relata: “Eu a achava bonita, gente boa, mas a achava muito nova. Disse a ela que a esperaria crescer”, declara. O casal começou a namorar quando Nair tinha 13 anos, e quando ela completou 19 anos, eles se casaram.
Da união nasceram três filhos: Sergio, Rosane e Marcos. “Temos sete netos e dois bisnetos”, ressalta Nair. “Depois que casamos viemos morar em Gramadinho. Meus filhos nasceram todos aqui. Os dois filhos meninos moram na comunidade até hoje. O Marcos vem tomar café conosco todas as manhãs e quando reunimos toda a família é a coisa mais linda”, conta.
Para comemorar os 60 anos de casados, que significa Bodas de Diamante, a ideia era fazer um almoço para a família e realizar uma missa, mas em razão das chuvas, não foi possível.
Antônio e Nair sempre trabalharam na agricultura, meio pelo qual criaram seus filhos. “Antigamente plantávamos trigo, milho e arroz. Eu sempre tive vaca de leite e fazia queijos para vender. Meu esposo sempre gostou de lidar com a terra”, comenta ela.
Religioso, o casal todas as noites reza o terço. Antônio vai à missa todos aos domingos. Sempre quis ir a pé. Hoje o filho Marcos é quem leva.
Questionado o que é preciso para manter um casamento, o casal revela: “É preciso paciência e muito diálogo. O que dizemos é que nos dias de hoje, vale a pena casar”, finalizam eles.