O projeto teve início em setembro de 2021 e atende crianças e adolescentes entre seis e 17 anos, nas terças e quintas-feiras, nos turnos da manhã e da tarde.
O responsável pela oficina é o professor de karatê Frank Willian Manera, de Marau, que explica que o trabalho realizado no Cras (Centro de Referência em Assistência Social) de Camargo, tem como referência aquele realizado na escola de Marau, que existe há 35 anos, que também trabalha com projetos sociais há 20 anos. O professor, por sua vez, trabalha com projetos sociais há 10 anos. Ele detalha o objetivo da oficina: “desenvolver um trabalho de educação, formação, e principalmente de construção. O Karatê é um pilar que tem que estar alinhado com a escola, a família e a comunidade”.
Sobre o desenvolvimento das aulas, o professor esclarece: “são atendidos 120 alunos entre meninos e meninas, de seis a 17 anos. Com as crianças menores é feito um trabalho pedagógico voltado para a ludicidade, com brincadeiras. Já a partir de dez, 11 anos, o trabalho é mais técnico e é exigido resultados”.
Sobre sua relação com o Karatê, o professor relata, emocionado: “eu respiro Karatê 24 horas por dia, sou fruto de um projeto social e pratico essa arte marcial há mais de 20 anos. O Karatê me deu muitas oportunidades na vida. Venho de uma família humilde, com condições precárias e em situação de vulnerabilidade. Como não tinha condições de pagar as aulas, com nove, dez anos, surgiu a oportunidade de entrar para o projeto social da ABB Comunidade, em Marau. A partir daí não parei mais de treinar. Faço parte das seleções gaúcha e brasileira e sou muito grato ao karatê e às pessoas que me ajudaram, principalmente o meu professor, Juarez da Silva, responsável pelo projeto em Marau. Quero, através desse trabalho, contribuir com os alunos de Camargo, da mesma forma que o Karatê contribuiu para a minha vida melhorar”.
Os alunos Lorenzo Fernandes Zilli, de nove anos, em seu depoimento sobre a oficina, fala de seu sentimento: “gosto muito do Karatê, acho legal demais, muito top. Acho simplesmente fascinante”.
Já Maria Luiza Pinto Favero, de 10 anos, muito animada, declara: “vou levar o Karatê e tudo o que estou vivenciando aqui para a vida. É tudo muito importante e bom”.