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Dedicação e tradição: essa é a história de Marilene Siotta Guerra

 

Por Oneide Marcos

Em sua loja localizada na Rua Santo Sala, n.º 875, no Centro da cidade, os clientes encontram muito mais do que produtos do dia a dia: encontram uma história de persistência, criatividade e amor ao trabalho. Aos 67 anos, a empresária Marilene Siotta Guerra compartilha com orgulho a trajetória da Livraria e Bazar Belas Artes, um espaço que se tornou símbolo de tradição e acolhimento na cidade.

Tudo começou em meados de 1996, a partir de um incentivo vindo de dentro de casa. “Tinha um amigo nosso, o freio Amâncio, que vivia aqui e sempre me dizia: ‘Mari, com tudo que tu fazes com as tuas mãos, por que tu não abres uma loja?’”, relembra Marilene, sorrindo. Apesar do talento, as condições financeiras da época não permitiam esse sonho. Mas foi aí que surgiu uma parceria inesperada.

Sua cunhada Ivanite, recém-aposentada, propôs: “Mari, vamos abrir alguma coisa juntas?”. A ideia parecia distante até que uma oportunidade surgiu: a antiga farmácia Alvorada mudou de ponto, deixando uma sala vaga. Era o espaço que faltava.

“A gente começou a montar uma livraria com bazar. E fomos fazendo. Era 1996, mas só fomos inaugurar mesmo em 1997 ou 1998, com o nome de Iva Mar — uma junção do meu nome com o da Ivanite.”

A parceria durou alguns anos, até que Ivanite decidiu seguir outros caminhos, como o trabalho no Conselho Tutelar. Marilene, por sua vez, seguiu sozinha com a loja. Mais tarde, ao construir um espaço próprio ao lado de casa, a loja ganhou um novo nome e identidade: nasceu a Belas Artes.

“Foi aí que mudou tudo. O nome veio do que eu gosto realmente de fazer: artesanato. Faço muito, e também dou aulas no Cras. Tudo que sei, aprendi sozinha”, conta Marilene com orgulho.

Espaço multifuncional e uma longa para contar

Há 21 anos, no endereço atual, a Belas Artes é hoje um espaço multifuncional. “O cliente encontra de tudo: cama, mesa, banho, utilidades domésticas, linhas, lãs, meias, toucas, brinquedos… E claro, a parte de livraria e bazar. O ponto alto são os brinquedos. É tudo para o dia a dia.”

Apesar de não se considerar uma “referência”, Marilene reconhece que sua loja é parte da memória da cidade. “É uma loja antiga, com atendimento familiar. Todo mundo conhece. Isso já é tradição”, diz.

A equipe hoje é enxuta: Marilene, sua filha Giovana e a funcionária Letícia tocam a loja.. Além das vendas, Marilene ainda encontra tempo para preparar aulas de artesanato. “Agora mesmo, estou preparando uma atividade para o Dia dos Namorados com as mulheres do Cras. Vamos fazer uma peça artesanal e colocar uma mensagem especial. Vai ficar bonito”.

A história da Livraria e Bazar Belas Artes é, acima de tudo, é um exemplo da força do trabalho feito com amor. Marilene Siotta Guerra transformou um sonho em um espaço que vai muito além do comércio: um ponto de encontro, de memória afetiva e de valorização do artesanato, onde entre linhas, brinquedos e histórias, a loja segue sendo um pedacinho vivo do sonho de alguém que se tornou realidade.

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