Desde 1995, a Linha Borges, interior de Ilópolis, é o destino de devotos da região, de outros Estados e até mesmo de outros Países. Eles vêm até o local para visitar a lápide de Lorena Judite De Paris, nascida em 1961, a qual ainda bebê, em 1962, teve uma meningite e faleceu em poucas horas.
Do seu falecimento até 1995 o seu corpo esteve em um túmulo, mas com o falecimento de sua mãe, Maria De Paris, a família resolveu construir um mausoléu para abrigar os seus entes queridos. Ao abrir a lápide de Lorena, para retirarem os restos mortais e coloca-los em uma pequena urna no mausoléu, perceberam que o seu caixãozinho estava intacto. A partir desse fato as pessoas começaram a ter devoção por Lorena.
A devoção
Hoje quem cuida da lápide de Lorena é o seu irmão Anacleto De Paris e a sua esposa Janice Franzon De Paris. Janice conta que a devoção pela bebê começou assim que a seu caixão foi aberto. “Assim que abrimos o seu caixão para levar os restos mortais para a capelinha e vimos que o seu corpo estava intacto a história começou a se espalhar, e já começaram a vir e pedir graças, e é assim até hoje. Vem gente de São Paulo e até dos Estados Unidos, o ano todo tem visitação, as vezes chegam de lotação”.
Ela acrescenta: “Não era somente o corpo dela que estava intacto, o caixão também, apenas os parafusos da fechadura estavam enferrujados, alguns anjos de papel que estavam em cima do caixão também estavam intactos. A roupa estava ainda inteira e branquinha. Hoje a roupa está escura porque quando tiramos ela do tumulo para pôr na capelinha ainda não tinha cobertura e naquela noite choveu e molhou a roupa. Nos pés também está rasgada, mas fui eu quem rasguei para ver o pezinho dela para ver como estava, e estava intacto, na mão uma pulseirinha está com ela até hoje”.
Ainda, segundo Janice, muitos vão até o local para agradecer. “Muita gente alcançou graça e vem agradecer, a capelinha onde ela está tem muitas flores e bonecas que os devotos deixam em agradecimento”.
Mesmo antes de falecer Lorena já era considerada uma criança especial pela sua mãe, e Janice diz que a conservação do seu corpo só comprova o que dona Maria falava. “Minha sogra sempre falava que a Lorena era uma criança diferente, pois com nove meses já caminhava. Nós acreditamos mesmo que ela é um anjo, pois ela nos ajuda sempre pedimos. Todos os sete irmãos falam a mesma coisa, que sempre que pedem ajuda são atendidos. E é assim também com pessoas que não são da família”.
Ela conta: “No dia que ela faleceu, na noite após o seu enterro, veio uma pomba na janela em cima do bercinho dela e veio várias vezes, e a minha sogra dizia que a pomba tinha algo a nos dizer”.
Gratidão
A esposa do irmão de Lorena afirma que para a família é muito gratificante saber que a bebê ajuda as pessoas que a procuram. “Nós ficamos muito felizes em saber que ela ajuda tantas pessoas, é uma benção para a família. Ficamos agradecidos por Deus e pelos anjos, por nos agraciar com essa benção de ter ela em nossa família”.
De acordo com Janice, o corpo de Lorena foi estudado por alunos de universidades renomadas. Chegou-se a especular que o corpo ficou intacto devido aos remédios. “Ela nem chegou a ser medicada, não houve tempo, só tomou um soro quando chegou ao hospital de Arvorezinha, e em seguida faleceu. Para nós ela é um anjo que veio para nos proteger”.