Iniciou no dia 02 de setembro e deve ser concluída em 45 dias, a dragagem do Arroio Putinga. O valor total da obra, que consiste no desassoreamento, reconstituição da calha, retirada do material primário e transbordo para o local de destino adequado, é de R$ 418.999,05, conforme dados repassados pelo assessor jurídico da Prefeitura de Putinga, Rafael Brandini. O recurso é próprio do Município, mas não se oriunda da venda da Demep.
Brandini relata que o grande motivo da dragagem vem em decorrência do evento climático, das fortes chuvas que ocorreram no mês de maio e que impuseram o Município a uma situação de calamidade. “Essa elevação dos rios provocou uma forte destruição, fez com que muito material se acumulasse no leito do arroio, o qual, até onde temos conhecimento, nunca foi dragado, nunca foi desassoreado. Essa iniciativa visa reduzir novos transbordamentos. É um trabalho de prevenção e de redução do impacto futuro em virtude de que a meteorologia aponta que esses eventos climáticos se tornarão mais frequentes”, explica.
De acordo com ele, as deliberações de desassoreamento eram tratadas com muita dificuldade pelos sistemas de controles ambientais. “Mas com a calamidade, houve esta flexibilização da norma e a possibilidade de fazer. Então, o município galgou esse serviço que se deu por meio de uma licitação, numa modalidade de concorrência, onde se buscou empresas que tivessem experiência similar às dragagens para ofertar esse serviço”, conta.
E segue: “A empresa vencedora foi a Vargas Terraplanagem e Comércio de Areia Brita, com sede em Novo Hamburgo, a qual presta todo o serviço de execução do desassoreamento do Arroio Putinga, realizada tanto na área central, como em parte do perímetro rural do município. A contratação é de um serviço de 1,5 mil metros na área central e tem extensão de 790 metros na comunidade Nossa Senhora de Lourdes, que foi uma região muito afetada por esse evento climático”, disse ao ressaltar que a obra envolve todo um estudo hidrológico. “O prefeito fez a apresentação do projeto em audiência pública e ele se encontra à disposição de quem queira”, frisou.
Brandini encerra: “Vamos precisar da compreensão da comunidade porque os caminhões, para fazer a retirada do material que não pode ser colocado na restauração da calha do rio, necessita chegar perto da margem, e por vezes isso pode gerar um desconforto nas pessoas em permitir esse acesso, mas é por uma boa causa”, pontua.