Por Divanei Mussio/Oneide Marcos
O Bacillus thuringiensis israelensis, ou BTI, é uma bactéria utilizada na produção de inseticidas e larvicidas biológicos, muito usada para combater o popular mosquito borrachudo, que se reproduz na beira dos rios, muito comum nessa época no Brasil e incomoda muito as pessoas, tanto nas áreas urbanas quanto rurais; sua picada causa irritação na pele, coceira intensa e inchaço.
O protocolo da Coordenadoria de Vigilância em Saúde preconiza três aplicações do inseticida, conforme explica Simara Louvison, extensionista social da Emater de Camargo. “São feitas três aplicações, a cada 15 dias, para pegar todas as fases de desenvolvimento do mosquito. Encerramos no último final de semana”. Ao todo foram aplicados 190 litros do produto.
Caso uma grande infestação do mosquito ainda ocorra, está acordado entre a Emater e o Município de Camargo que um reforço na aplicação será feito em janeiro. “Eles se reproduzem muito rápido em função do calor que está fazendo”, argumenta a extensionista.
Quanto ao borrachudo, da mesma família, mas de outra espécie, que se reproduz nos gramados, muito comum e tão incômodo quanto o outro, o BTI não é eficaz. “Para esse mosquito, é necessário manter a grama sempre baixa e aplicar outro inseticida, o Decis, aplicado em fruteiras e que não faz mal a outros animais”, orienta.
Escassez de chuva
Adalberto Gracia, extensionista técnico da Emater, comentou sobre a escassez de chuvas das últimas semanas, cerca de dois milímetros, o que atrasou o plantio da safra. “Na semana passada, embora a chuva não tenha sido uniforme em todas as comunidades de Camargo, houve umidade suficiente para o início da semeadura”, informou. Quanto à safra colhida, “houve certa redução do PH dos grãos, especialmente do trigo, em função das chuvas elevadas da época da colheita”.
A quebra na safra do trigo desanimou alguns produtores, que reduziram as áreas cultivadas em relação ao não passado.