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Famílias ficaram mais de dez dias isoladas e sem energia elétrica

Cerca de 30 famílias moradoras da comunidade de Linha São José, em Arvorezinha, ficaram sem energia elétrica e sem estrada de acesso por mais de dez dias, no início do mês de maio, por ocasião das fortes e devastadoras chuvas que caíram sobre a região.

“Ficamos meio que abandonados”, lamentou o morador Nésio Luis Coradi Cichelero, que manteve seus alimentos refrigerados e as necessidades básicas da família por meio de um gerador, que funcionou com o auxílio de um trator. “Vai cerca de 20 litros de combustível para alimentar o gerador. Fizemos mais de um quilômetro a pé com esse combustível nas costas porque não tinha acesso para veículos até a nossa comunidade. Os vizinhos que não tinham gerador trouxeram suas carnes aqui para não terem tanto prejuízo”, conta.

Segundo ele, as lavouras também foram muito prejudicadas pelas chuvas. “Tem muita madeira e pedras para tirar, além de terem sido abertas várias valetas”, disse ao ressaltar que vários contatos foram feitos, naqueles dias, com a Prefeitura de Arvorezinha, para que colocasse seus maquinários para liberar o acesso e para que a energia elétrica fosse restabelecida. “O pessoal da Cerfox veio até aqui a pé e com as ferramentas nas costas para tentar restabelecer a energia, mas precisava entrar com caminhão, tendo em vista a necessidade de postes novos”.

Diante da demora para que o Poder Público pudesse atender a todos os locais afetados, os moradores tomaram uma iniciativa. “Já que a Prefeitura estava trabalhando com as máquinas em outros pontos e estava deixando de nos atender, contratamos uma máquina particular para abrir a estrada, que trabalhou debaixo de chuva”, revelou.

O acordo feito com o proprietário da máquina é de que, se o Município não arcar com os custos das horas de trabalho, os moradores quitarão a dívida. “Estamos esperando para ver se o prefeito vai pagar; ele disse que faria isso; se não pagar, nós pagaremos”, Cichelero informou.

A abertura da estrada atendeu às famílias para terem acesso pela Linha Sétima, Itapuca, já que a estrada de linha São José estava completamente obstruída.

“Só quem passa para saber o que é isso. Felizmente, moramos num lugar seguro e nossa residência não foi afetada. Produzimos alimentos para consumo, mas a ração para as vacas de leite acabou”, lamenta ao recordar: “No primeiro dia da enchente ficamos sem comunicação, então saímos estrada afora caminhando para ver o que tinha acontecido e nos deparamos com os morros descendo”, finalizou.

Nésio é o primeiro vizinho de Irineu Zatt Vitalli que teve sua residência e parte do aviário destruído pelo deslizamento de terra. Nesta semana, o morador informou que a passagem e a energia foram restabelecidas. “Não é cem por cento, já que ainda escorre água na estrada, mas já melhorou bastante; um caminhão atolou essa semana e a patrola foi retirar, mas vamos indo”, pondera, resignado.

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