Por Oneide M. Duarte
Uma trajetória marcada por ousadia, trabalho e muita persistência. Quem vê o sucesso da Lotérica e Livraria Figueira não imagina todo o esforço que seu fundador, Leudocir Auler, hoje com 81 anos, precisou fazer para consolidar o empreendimento.
“Nasci e me criei em Arvorezinha. Morei uma época fora, em Lajeado, mas foi aqui que coloquei minha empresa, casei e tive meus filhos. Essa é a melhor recordação que tenho desta cidade”, inicia Auler. “Quando retornei de Lajeado percebi que na época tinha só uma papelaria, bem pequena na cidade. Casei com a Lea, batalhamos juntos e fomos acompanhando a evolução da cidade e evoluindo com ela”, declarou.
Deu-se, então, o início da papelaria e livraria há mais de 50 anos. “Eu tinha uma peça alugada onde hoje é o ABC, e lá começou minha história de empreendedorismo, sendo que chegou uma época que batalhei para conseguir a concessão da lotérica. Não foi fácil, mas há cerca de 40 anos tive mais essa conquista. Naquela época tínhamos que dar um jeito de levar os malotes para Porto Alegre duas vezes por semana. Tinham semanas, inclusive, que tínhamos prejuízo, mas persistimos. Ainda, quando dava problema em alguma máquina tínhamos que também nos deslocar até Porto Alegre ou Passo Fundo para consertar”, recorda.
Ele acrescenta: “mas com o tempo tudo foi se modernizando e hoje está muito fácil para trabalhar com a lotérica. Sempre tive boa freguesia que vinha de Alvorada, Itapuca, Anta Gorda, Putinga, Ilópolis, e até hoje pessoas de fora que vêm comprar aqui”, declara.
Auler também recorda momentos importantes vividos no empreendimento. “Há alguns anos teve o sorteio das loterias da Caixa Econômica Federal junto ao Morro da Matriz, o que é algo difícil de conseguir. Eu tinha um supervisor de Passo Fundo que me ajudou, pois na época cidades do Brasil inteiro queriam sediar um sorteio para se promover. Foi um evento importante para o município, com divulgação a nível nacional”, lembra.
Ainda, ao longo dos anos, a lotérica já teve vários ganhadores. “Ainda não tivemos a sorte de contemplar algum apostador com o prêmio máximo, mas já demos prêmios bons. Teve gente que se fez na vida ganhando na loteria conosco”, frisou.
Em razão da idade, há dez anos Auler passou a gestão do negócio para o genro Fabrício. “Tudo está indo muito bem”, ressalta ele.