São repetitivas, constantes e frequentes as reclamações manifestadas tanto por produtores rurais, como por empresários, trabalhadores e empreendedores.
As reclamações de quem é comprometido, quer produzir e fazer a diferença, tem com muita frequência o mesmo teor e o mesmo tom. Sempre com muita paciência, aguardando as promessas. Promessa de rede de água, de estrada, de incentivo, de redução de carga tributária, de programas anunciados que tardam a ser concretizados.
Promessas feitas sempre acompanhadas de lindos discursos, de anúncios de liberação e conquistas de emendas, requentadas de um ano para o outro, e que muitas, se for ver a fundo, já tinham sido prometidas no passado e não foram pagas.
Promessas, estas, que comprometem até a idoneidade de certas entidades, que ao receberem com cordialidade a visita do deputado, do prefeito e do vereador e ouvirem as notícias de conquistas e liberações de emendas, acabam passando a falsa ideia para a população de que a entidade (a exemplo de hospitais da região) estão muito bem, quando na verdade esses repasses nem sempre são fatos concretos.
Promessas que imobilizam quem fica aguardando por exemplo, por dez anos a instalação de uma rede de água de um poço já perfurado do lado de sua casa. E que não pode usar a água do poço, mesmo sem ter água para dar a um filho com sede, porque não tem autorização do Poder Público.
Promessas que atrasam quem quer plantar ou colher e espera pela abertura de uma estrada. Espera por horas máquinas, por alguém que venha lhe atender logo, quando chega com dor no Posto de Saúde para pegar um remédio, mas mesmo assim, seguirá trabalhando e não tem tempo para ficar esperando a boa vontade do servidor.
Talvez, se não existissem tantas promessas e o comodismo de poder esperar, os problemas seriam resolvidos de outra forma, e provavelmente de forma bem mais eficiente.
Mas o fato é que talvez a impaciência, um pouco mais de atitude e quiçá até ousadia e agressividade colocasse cada um no seu devido lugar.
Enquanto houverem os que esperam, haverá os que prometem um dia fazer, mesmo que sejam só promessas, sem a menor intenção de concretizar uma ação. Promessas para conquistar vantagem, para conseguir o voto, para ludibriar alguém.
Para todo malandro é preciso pelo menos existir uma pessoa disposta a ser enganada. Até quando esperar e ter paciência vale a pena?
É preciso aprender a valorizar-se e exigir mais respeito com quem trabalha, produz e faz a diferença.