Conhecidos na cidade por construírem os cenários do Natal no Morro, profissionais levam seu talento para o espetáculo de Lajeado
Por Oneide M. Duarte
Amor à arte e paixão pelo se que faz. Assim se resume o trabalho de três profissionais de Arvorezinha que juntos erguem há vários anos o cenário do Natal no Morro. Porém, em 2022 o talento de ambos proporcionou uma nova missão, a construção do cenário do espetáculo “Por quem bate o seu coração”, de Lajeado.
Um dos responsáveis pelas construções é o carpinteiro Amauri Coradi, que conta como surgiu a ideia da construção do cenário em Lajeado. “A ideia surgiu da parceria de anos com o diretor do Natal no Morro Pablo Capalonga, que assim que surgiu a oportunidade procurou eu, o Neuro Coradi e o Celmar Troian, e juntos fomos desenvolvendo o projeto em cima dos desenhos feitos pelo diretor”, explica.
Ele conta que os trabalhos são sempre bem pensados e planejados para que se enquadrem na história contada. “São cenários funcionais que se movem e são pintados conforme cor de figurinos da peça, feitos por Tatiane Linhares. Também com objetos de cenografia do próprio diretor Pablo, os quais completam o cenário”, acrescenta.
Segundo o construtor, após a construção dos painéis feitos em Arvorezinha, os três foram até Lajeado fazer a montagem e funcionamento do novo cenário. “Foram cinco espetáculos em Lajeado que atraíram milhares de pessoas no Parque dos Dick, ao lado do lago. Foi de grande importância esse trabalho para nossa equipe, pois valoriza nossa cidade e o potencial que temos. Lajeado e o diretor Pablo Capalonga abriram as portas para uma nova experiência, que nos agrega cada vez mais conhecimentos para novos desafios. E é sempre gratificante ver nosso trabalho proporcionando emoção e alegria a quem assiste e valoriza a arte”, afirma.
Diretor enaltece os trabalhos dos profissionais
Conhecido em Arvorezinha por dirigir os espetáculos do Natal no Morro, o diretor Pablo Capalonga fala dos trabalhos dos profissionais. “Os três trabalharam em dois cenários esse ano para mim e foram cenários bastante diferentes, pois o cenário de Lajeado era um público infantil, completamente lúdico, voltado para uma proposta mais fantasiosa. Já o espetáculo de Arvorezinha é um espetáculo mais sacro e voltado a outro público, onde os três já estão acostumados a trabalhar. Então quando eu concebo o cenário, eu o crio no sentido de favorecer toda uma encenação, um cenário nunca é um elemento gratuito, que está ali simplesmente para dizer que existe e que o espetáculo tem um cenário, pois se fosse assim qualquer elemento cenográfico serviria”, diz Capalonga.
Ele segue enaltecendo os trabalhos dos profissionais. “Por isso o cenário tem que ser muito funcional para ser muito bem utilizado, e aí entra o trabalho dos três que é muito bom. Eles têm um conhecimento em marcenaria, em engrenagem, materiais e equipamentos, que fazem a diferença. É muito conhecimento, e quando me deparei com esse conhecimento, eu vi que podia contar com pessoas que iriam agregar muito ao meu espetáculo, e isso favorece muito o espetáculo, pois eles não trabalham somente com cenografia, mas também são muito proativos, no sentido de tentar resolver os problemas. São pessoas de extrema competência, confiança e muita proatividade, e para um diretor isso vale ouro”, finaliza o diretor.