Consolidada no município de Putinga, a Serraria Draguetti, de propriedade de Mauri Draguetti e família, foi destruída com a enchente de maio, mais precisamente na madrugada de 01 para o dia 02 daquele mês fatídico. O empreendimento está situado na Linha Xarqueada.
O empreendedor recorda o episódio. “Foram cerca de 80 dias trabalhando para recuperar o local. Cheguei a pensar em desistir, mas tem os filhos novos para dar sequência”, disse emocionado. “Ainda tem um galpão que está enterrado e no meio dos eucaliptos tem madeiras que valem R$ 80 mil. Nosso prejuízo chega a R$ 250 mil. É difícil, mas foi preciso colocar a cabeça no lugar e trabalhar. O bom é que teve clientes que esperaram 80 dias para ter a nossa madeira. Nós sempre esperamos o pagamento para quando eles podiam, então agora foi a vez de eles nos ajudarem”, acrescentou.
A empresa está voltando aos pouquinhos a atender a região, e Renilde, esposa de Mauri, faz seus agradecimentos. “Agradecemos muito à ajuda do empresário Valdir Possebon, que cedeu as máquinas para nos ajudar. Se não fosse o maquinário dele e o apoio de muita gente, ainda não tínhamos voltado a trabalhar. Vale lembrar que, no início, quem deu acesso à casa e tirou o barro foram seis tratores que a comunidade disponibilizou”, pontua.
Renilde ainda salienta que, além do prejuízo na serraria, casas também foram prejudicadas. “Minha sogra perdeu móveis, e eu no porão perdi também. Não foi só deslizamento. Entrou bastante água, cinco vezes na casa da minha sogra e três vezes na minha casa. O calçamento também está todo estragado e das fossas de banheiro não sobrou nenhuma”, relata.
Casada com Douglas, filho de Mauri e Renilde, Aline Draguetti também fez suas considerações. “Meu esposo Douglas e seu pai iniciaram com a serraria. Agora, outro filho do meu sogro, Mauri, veio de Constantina para ajudar a tocar. Depois de tudo o que aconteceu, sorte que a família se abraça. Se a gente não se une e se o pessoal não ajuda, é difícil reconstruir. Dinheiro e ajuda do Governo todo mundo sabe que é difícil conseguir, mas aos poucos a gente vai trabalhando e recuperando. Nessas horas, temos que nos apegar a Deus”, finalizou.