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Profissões professor: a região está retomando a formação de profissionais

 

Há poucos anos, o Instituto Felipe estava prestes a fechar o Curso Normal; hoje duas turmas estão com as salas cheias

Por Divanei Mussio

Tradicionalmente, o Instituto Estadual de Educação Felipe Roman Ros forma professores de nível médio de toda a região, habilitados para trabalhar nas turmas de Educação Infantil e nos Anos Iniciais. Gerações de professores se formaram em seus bancos escolares, incluindo a Escola Cenecista, particular, que funcionava no Instituto, exerceram e ainda exercem com galhardia sua profissão.

Porém, nos últimos anos, a realidade foi sendo modificada; a perda pelo interesse, o baixo número de matrículas e a pouca procura ameaçavam fechar o curso, um dos mais proeminentes da região e orgulho da instituição. De forma geral, essa situação aconteceu em toda a região escolar e no Estado do RS, onde a carência é grande ainda.

No Instituto, os números preocupavam: em 2020, 20 alunos estavam matriculados no 1º ano e, destes, somente oito concluíram o curso em 2022, no 3º ano. Em 2023, a turma de 1º ano nem foi aberta, pois não havia alunos suficientes para tal. Professores são profissionais essenciais para a formação de todos os outros profissionais.

Trabalho que deu resultados

Percebendo que o risco de fechamento do curso era real, a direção do Instituto e a coordenação do curso traçaram um plano para divulgar o mesmo para toda a região, mostrar a estrutura oferecida e destacar os pontos positivos que os alunos do Normal podem ter. Escolas com Ensino Fundamental completo foram visitadas, de todos os municípios da região.

“Hoje temos duas turmas no Normal; o 1º ano, tem 22 alunos e o 2º ano, 17. Temos duas alunas de Ilópolis e duas de Anta Gorda, algo que não acontecia há muitos anos e temos outros interessados que nos procuraram. Se tivermos alunos suficientes, poderemos abrir uma turma no noturno para aqueles que já têm o Ensino Médio concluído e querem fazer as disciplinas didáticas para terem o Normal concluído”, relata a diretora Nara Arosi, entusiasmada com as turmas que deverão seguir até o 3º Ano, o estágio supervisionado e a habilitação para iniciar a trabalhar imediatamente.  “Cerca de 80% dos que se formaram no ano passado estão trabalhando e seguindo licenciaturas de nível superior”, complementa, destacando a grande demanda pelos profissionais da educação.

A coordenadora e professora do Curso Normal, Clealinei Marin, destaca os importantes avanços e perspectivas para o futuro da profissão na região e dos jovens que hoje estão frequentando o curso. “Acredito que a maioria vai seguir na profissão; alguns ainda do 1º Ano estão vendo se é isso que querem, mas os que estão no 2º, já estão seguros e fazendo planos, entrando nas salas de aulas dos Anos Iniciais e para realizar atividades”.

Amor por ensinar

Camile Rogoni Guzzi, 15 anos, de Anta Gorda, é uma das alunas que está no 1º Ano do Curso Normal e no outro turno é monitora na Escola Santa Terezinha, o ESI, relata como foi o caminho até a decisão de frequentar o Normal. “Ano passado, uma professora me chamou para ajudar na turma do Maternal, na escola em que eu estudava, e essa experiência me despertou um interesse por ensinar e educar; achei o máximo. Outra professora me incentivou a fazer o Normal, e eu vim. Estou gostando muito”, conta a jovem estudante, revelando que pretende seguir a carreira, trabalhando com alunos pequenos, pelos quais nutre muito carinho.

Outra jovem estudante, do 2º Ano, e futura professora, é Julia Bortolotto, 16 anos, de Arvorezinha. Ela conta: “Sempre achei importante e gosto de ensinar e quando soube do curso aqui, me matriculei. Estou gostando muito, pretendo seguir a carreira, estudando História ou Biologia.

Olho

“Hoje temos duas turmas no Normal; o 1º ano, tem 22 alunos e o 2º ano, 17. Temos duas alunas de Ilópolis e duas de Anta Gorda, algo que não acontecia há muitos anos e temos outros interessados que nos procuraram”. Diretora Nara.

Profissões em alta

Algumas profissões, entre elas o de professor, estão em alta no mercado de trabalho. Entre as dez mais valorizadas pela alta demanda, além de professor, estão: médico, engenheiro, advogado, enfermeiro, jornalista, psicólogo, arquiteto, contador e gerente de recursos humanos.

Profissões em risco de extinção

Já outras profissões estão sendo gradualmente substituídas pela tecnologia e automação, com algumas a serem potencialmente extintas nos próximos anos. Entre as que podem enfrentar maior risco estão caixas de banco, atendentes de serviços postais, operadores de telemarketing e secretárias administrativas. A automação e a digitalização estão alterando a forma como muitas tarefas são realizadas, o que pode levar à diminuição da necessidade de mão de obra humana em algumas funções.

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