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Putinguense usa artesanato como ferramenta de criatividade e socialização

 

Marta Vacari é deficiente física e confecciona artesanatos desde os nove anos

Por Rosi Piccinini

O fato de não ter movimento nos membros superiores não atrapalha o dia a dia da putinguense Marta Vacari, de 40 anos, que desde criança supera dificuldades e enfrenta preconceitos.

De acordo com a mãe, Anair Valdameri Vacari, Marta já nasceu com algumas complicações. “Até os nove anos de idade ela caminhava”, relata. Após, Marta foi acometida por uma hepatite. “Ficou doente por muito tempo e desde então, nunca mais recuperou a parte motora”, conta Anair, que também tem como filho, Enéias.

Mais tarde, ainda como consequência da hepatite, Marta caiu e fraturou uma perna, segundo relatos da mãe. “Foi aí que ela perdeu o restante da coordenação que ainda restava. Inicialmente, com o auxílio de alguém ela até tentava caminhar, mas depois que perdeu o pai, o luto dela foi muito grande. Eles eram muito apegados, e como ele também era doente, ficavam os dois sentados em uma mesa na nossa padaria para conversar. Amavam fazer isso, todos os dias”, lembra.

A dor da perda do pai durou mais de três anos. “E ela passou então a ser o centro das atenções. Eu ficava dia e noite cuidando dela. Agora ela está melhor, recuperada do luto, mas não voltou a caminhar. Tem movimentos apenas da cintura para cima”, ressalta a mãe de Marta.

 

A história com o artesanato

A paixão pelo artesanato foi despertada em Marta aos nove anos de idade. “Fomos viajar para a praia, em Balneário Camboriú, lá alugamos uma casa que tinha várias telas lindas penduradas na parede. Fiquei tão apaixonada que logo procurei uma loja de artesanatos para conseguir uma tela em branco para bordar ainda durante as férias”, disse Anair.

“Sempre gostei dessa área de artesanatos, assim como boa parte da família. Costumo dizer que está na genética”, brinca Anair, que ao retornar para Putinga, buscou ensinar a filha a arte do artesanato. “Na segunda vez que a ensinei ela já tinha pegado o jeito e já sabia fazer”, acrescenta.

Hoje o artesanato é a principal atividade de lazer e bem-estar de Marta. “Ela se distrai fazendo isso. É como uma terapia que já dura há 30 anos”, frisa Anair ao destacar que a filha também gosta de ler, escrever, pintar e desenhar, e também é ligada nas tecnologias e nas redes sociais.

De acordo com Anair, as telas são para comercialização. “Temos várias telas que é a Marta que faz a pronta-entrega. Caso alguém se interessar, elas são vendidas a preço de custo, somente para incentivar a Marta. Agora ela está bordando uma tela lindíssima de uma bailarina, vale a pena conferir e valorizar o trabalho dela”, enfatiza. Interessados podem entrar em contato pelo telefone/WhatsApp (51) 98922.7246.

Trabalho é realizado com delicadeza e precisão

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