Reunião aconteceu na Câmara de Vereadores
Atendendo a um pedido feito pelo vereador Jatir Miri através de um ofício, a secretária municipal de Saúde de Camargo, Julia Bernardi, esteve na Câmara de Vereadores no dia 03 de abril, antes da sessão, para informar e esclarecer os vereadores e a comunidade em geral e tirar suas dúvidas sobre a situação da ambulância do Município, que é uma UTI móvel.
Em sua manifestação, o vereador Miri disse: “eu fiz o pedido de informação sobre a UTI móvel que foi batida em Marau. O povo me perguntava onde estava a ambulância e eu também não sabia, então fiz o pedido para depois informar as pessoas o que tinha acontecido. É função do vereador fiscalizar”.
Segundo a secretária, no mês de janeiro, a ambulância sofreu um pequeno acidente de trânsito, na cidade de Marau, enquanto estava a caminho de realizar a transferência de um paciente em estado grave de saúde, para um hospital de Passo Fundo. As peças para o conserto do carro não chegaram ainda e por esse motivo, o carro não está disponível para ser usado até o momento.
O acidente
No momento do acidente, a condutora do veículo era a própria secretária Julia, que assumiu a direção porque, naquele momento, todos os motoristas da Secretaria estavam trabalhando com outros carros, nenhum estava disponível e o paciente, cardiológico, precisava ser transferido com urgência devido ao seu estado grave. O paciente estava internado na emergência do Hospital Cristo Redentor, de Marau e precisava chegar até a emergência do Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo. Junto com a secretária, estavam um médico e uma técnica de enfermagem, como recomenda o protocolo. Em Marau, quem assumiria a direção da ambulância em direção a Passo Fundo, seria um motorista da secretaria, que já estava lá. A secretaria da Saúde tinha apenas uma hora, desde o momento que foi comunicada pelo hospital de Marau, para transportar o paciente até Passo Fundo e a maneira encontrada, foi essa.
Chegando em Marau, antes de pegar o paciente, aconteceu o acidente de trânsito, que mesmo assim, devido aos pequenos estragos causados na ambulância (apenas a porta lateral foi atingida, de leve) e por ser uma emergência, o transporte pode ser concluído e o paciente chegou em Passo Fundo, dentro do prazo para a realização da cirurgia.
Quanto à ambulância, a secretária explica o que foi feito depois: “Acionamos o seguro e mandamos para o conserto e está lá até hoje. São os trâmites legais e burocráticos que não dependem de nós. Está demorando, e os vereadores queriam saber como estava a situação da ambulância. Por isso fomos até a Câmara de Vereadores explicar essa situação”.
Sobre o fato de ter assumido a direção da ambulância, a secretária diz que não pensou duas vezes diante da emergência que se apresentou. “Eu só queria salvar uma vida, que é isso que me preocupa. Podia ser qualquer pessoa, precisava de agilidade no atendimento e por isso eu fui. Graças a Deus, deu tudo certo, hoje o paciente está bem, e quando estamos na estrada corremos o risco e agora estamos sofrendo pela demora das peças. Até ano passado, não tínhamos a UTI móvel, agora temos, felizmente”.
Emergência no interior
A secretária também relatou que, aproveitando a oportunidade de estar com os vereadores, também explicou a eles e a todos os demais presentes, sobre o ocorrido no dia 26 de março, na comunidade de Alto Alegre, interior de Camargo, durante a festa de encerramento do curso de danças. Nesse dia e nesse local, ocorreu uma briga, uma pessoa passou mal e precisou de atendimento médico de urgência.
“Em momento nenhum a nossa equipe de Saúde negligenciou ou demorou, como algumas pessoas estão falando. O atendimento para a pessoa demorou 28 minutos entre a ligação que fizeram para mim, secretária de Saúde, sendo que não faço parte do plantão, mesmo assim, acionei o plantão, que estava dormindo em casa, visto ser de madrugada e não termos uma sede para o mesmo ficar. O plantão foi até o posto de saúde, pegou a ambulância e foi até a comunidade que fica a cerca de seis quilômetros da cidade, por uma estrada de chão e com muitos carros circulando devido a briga. Mesmo assim, chegou em 28 minutos, o que está dentro do esperado. Até nos vídeos que estão circulando nas redes sociais existem falas que mencionam esse tempo”.
Ainda segundo Julia, naquela noite do dia 26, durante a briga na comunidade do interior, alguns profissionais e um motorista estavam no local e foram agredidos física e verbalmente. “Teve briga, teve tiros e os profissionais correram riscos e não tinham segurança para fazer o atendimento, mas mesmo assim, atenderam. Mesmo assim, sofremos uma série de apontamentos da comunidade, inclusive de agentes políticos, que fizeram os vídeos. Nos entristece trabalharmos com inverdades e mentiras e foram essas questões que fui explicar aos vereadores e à comunidade”, finaliza a secretária.