Há poucos dias, iniciou o ano letivo de 2025 e com ele uma nova regra; a proibição do uso de celulares em ambiente escolar, não limitado apenas à sala de aula, mas também ao intervalo. A orientação é de que os alunos não levem o aparelho, nem mesmo desligado, para a escola.
Com uma geração acostumada ao uso constante das telas, os professores irão enfrentar o desafio de como motivar esses jovens. Mas com isso também se abre um leque de oportunidades, como o incentivo ao pensamento crítico e analítico dos estudantes, o hábito da leitura e da escrita e o convívio social, fora das redes sociais.
O celular, aliado à tecnologia, veio para ficar, é uma ferramenta importante, mas também de fácil distração. Quem nunca pegou o celular para ver as horas e quando percebeu estava rolando o feed das redes sociais, tendo até esquecido por que pegou o aparelho na mão? E isso não acontece apenas com os mais jovens.
Na escola, o foco precisa ser o aprendizado, mas é um trabalho que precisa ser abraçado e entendido por pais, mães e responsáveis. Que eles entendam a importância desta nova regra e que estejam ao lado da escola na conversa e fiscalização dos estudantes.
Há quem considere um retrocesso, pois o celular é uma ferramenta de estudos e pesquisa magnífica. Por isso, as escolas precisam também estar equipadas com ferramentas de pesquisa que supram essa necessidade, mas sem os vídeos do Tik Tok, que roubam a atenção e tiram a concentração.
Será uma mudança radical no comportamento jovem que busca o imediatismo, que tem o mundo na palma da mão, mas que o utilizam com conteúdo de baixa relevância.
Os estudos científicos já mostram claramente o adoecimento mental devido ao vício em telas, ao déficit de atenção, à falta de sociabilidade, de saber se expressar com clareza, entre tantas outras situações.
As escolas são a porta de entrada do jovem para o mundo, de aprendizado, de convivência social, de pensamento crítico e, com a restrição do uso do celular em sala, a expectativa é de que essas habilidades aflorem nos jovens.
É exaustivo a falta de pensamento próprio apresentado por muitos alunos, a falta de concentração e a dificuldade de aprender coisas simples e básicas. Essa pode ser uma mudança drástica, mas extremamente necessária para recuperar o foco da juventude.