Por Fabiana Borelli
Neste ano, o CTG Osório de Assis, de Fontoura Xavier está inovando na homenagem da Semana Farroupilha, tendo em vista que tradicionalmente a homenagem é feita para uma pessoa falecida que tenha ligação com a entidade e com o tradicionalismo.
Porém, nesse ano a patronagem do Osório de Assis optou por homenagear em vida, e o patrão Fabio Roberto Simon explica o porquê da mudança. “Era costume homenagear uma pessoa falecida, mas costumes podem ser mudados. Então, porque não homenagear uma pessoa em vida, quando esta pode estar ali e presenciar a homenagem junto aos seus familiares, penso que é importante mostrar o reconhecimento e o agradecimento em vida”.
Os primeiros homenageados do CTG Osório de Assis serão o casal José Carlos Pinto da Silva e Elisabete Taffarel da Silva, que sempre estiveram ligados a entidade e ao tradicionalismo. “Escolhemos um casal que representa o tradicionalismo de Fontoura Xavier e a nossa entidade. Ele é um dos fundadores do CTG e sempre trabalhou muito pela entidade, eles também foram patrões e ainda fazem parte da nossa patronagem”.

Ele ainda acrescenta: “o seu José Carlos é um apaixonado pelo tradicionalismo, é trovador, gaiteiro, declamador e sempre está envolvido com o tradicionalismo, e a Elisabete está sempre ao seu lado, então nada mais justo que homenageá-los. E com tudo isso a escolha por eles foi automática, quando surgiu a ideia de homenagear em vida o nome dos dois surgiu imediatamente”.
A homenagem será realizada na abertura da Semana Farroupilha do CTG Osório de Assis.
Emoção ao ser homenageado
O homenageado relata que desde já está emocionado com a homenagem do CTG Osório de Assis, e conta sobre a sua história com a entidade e com o tradicionalismo. “Nós, que nascemos aqui no Rio Grande do Sul, recebemos como herança dos nossos pais o tradicionalismo, eu desde muito jovem me dedico e cultuo a tradição gaúcha. Fui um dos fundadores do CTG Osório de Assis e até hoje participo do dia a dia do CTG. A minha família também sempre foi apaixonada pela tradição, minha filha foi Primeira Prenda da entidade, ela e os meus outros filhos dançavam nas invernadas, e a minha esposa sempre esteve ao meu lado quando fomos patrões por duas vezes, e agora nas atividades que participamos no Osório de Assis”.
Mas além do CTG, Silva também desenvolveu e ainda desenvolve atividades em prol do tradicionalismo. “Tenho uma história muito estreita com o tradicionalismo, com as cavalgadas, rodeios, trovas, também tive um programa de rádio onde os talentos locais tinham o espaço para se apresentar, aqui temos muitos gaiteiros e eu sempre busquei apoiá-los para que mostrassem o seu talento. Então é uma coisa que eu gosto, que está no sangue. E essa homenagem que será na Semana Farroupilha já está me emocionando”.