Já consolidada no município de Putinga, onde atua há 11 anos produzindo congelados como polenta palito e em cubos, aipim palito e em cubos, a empresa Fine Fatti está em expansão e dentro de três meses deve iniciar suas atividades em Arvorezinha, por meio de uma filial com planta habilitada para exportação. Atualmente a Fine Fatti atende toda a região Sul e Central do Brasil.
“Hoje a Fine Fatti faz parte de um programa que permite a exportação”, destaca a assessora e consultora da Fine Fatti, especializada em Engenharia de Produção e mestranda na área de controle de qualidade de desenvolvimento de novos produtos, Jaine Simonette. Ela, que atua desde 2018 com consultoria e assessoria para indústrias de alimentos, ressalta que na Fine Fatti está desenvolvendo um trabalho desde o layout. “Ou seja, cheguei logo depois que a empresa conseguiu a concessão do prédio. Fizemos um estudo encima da situação da edificação, vimos tudo o que precisaria ser adequado para atender a legislação e fizemos cálculos e ajustes de acordo com a quantidade de produção que essa planta tem capacidade de executar”, explica.
Conforme ela, a ideia inicial era outra. “Quando iniciamos o projeto a ideia inicial era um pouco diferente, mas devido ao volume de produção, nós adequamos um segundo projeto com a ampliação da planta, e agora com a intenção de exportar nós temos várias outras coisas além da parte documental para providenciar, como rotulagem, estruturação, divisão de setores, enfim, tudo isso tem que estar bem definido para não haver nenhum tipo de contrafluxo no processo produtivo. Estamos trabalhando para assegurar que o alimento que sair da empresa seja seguro”, frisou.
A empresa está há dez meses em fase de implantação em Arvorezinha. A demora se dá em razão das várias adequações necessárias. “Trocamos o telhado, fizemos paredes novas, banheiros, vestiários, compra de equipamentos para atender a demanda, e deve-se levar em conta que o custo não é barato. Para trabalharmos certo e a Fine Fatti crescer tem que tudo estar dentro da lei”, ressalta o gerente de produção da Fine Fatti, Daniel Pereira.
Segundo ele, em Arvorezinha serão produzidos a polenta, o aipim congelados, sendo que vários outros produtos ainda estão em fase de teste para posteriormente serem oferecidos à população. Questionado sobre a origem da matéria-prima, Pereira destaca que a empresa buscará produtos de qualidade, com fomento da cadeia produtiva local.
Já o empresário Cesar Antônio Gheno, explana sobre sua percepção em relação à implementação da Finne Fatti em Arvorezinha. “Estamos demorando mais do que o previsto porque não estávamos com esse projeto aprovado para exportar. Depois que entramos nesse projeto tivemos que fazer várias mudanças de adaptação do prédio. Pretendemos iniciar a exportação ainda em 2023. Tem vários países querendo o produto, mas é preciso um pouco de paciência porque as normas tem que ser seguidas corretamente, passo a passo”, enfatizou.
Conforme ele, a capacidade de produção da nova unidade será de 2 mil quilos/hora de polenta, além de outros produtos. “Será tudo automatizado, então o investimento é alto, cerca de R$ 2 milhões, com capacidade de estocagem de congelados em câmaras frias, resfriadores, enfim”, finalizou.