Rede municipal retorna às aulas com escolas revitalizadas
A Administração Municipal realizou uma série de reformas nas instituições de ensino. Outras estão previstas para os próximos dias
A rede municipal de ensino (que contempla a Escola Municipal Cívico-Militar de Ensino Fundamental Orestes de Britto Scheffer; a Escola Municipal de Ensino Fundamental Incompleto Lídia Fornari Grando, e as Escolas Municipais de Educação Infantil Professora Diva Maria Sabedotti Fornari e Beatriz Fornari Ferri Berti) retornou com tudo às atividades escolares nesta segunda-feira, 21.
De acordo com a secretária de Educação, Sandra Zortéa Zat Grando, no total cerca de 600 alunos são atendidos pelo município, somando as quatro escolas. “Estamos felizes com o retorno. No ano passado começamos o ano letivo com falta de recursos humanos, pandemia, aulas remotas, e foi bem difícil. Agora, felizmente, retornamos com as aulas presenciais, que julgo muito importantes, mas seguiremos zelando pela segurança dos alunos, professores e funcionários, seguindo a nota técnica da Secretaria da Saúde, ou seja, caso surjam casos de Covid-19, iremos conduzindo, sempre em contato direto com a Secretaria de Saúde para que se tome as devidas providências”, destaca.
Transporte escolar
O transporte escolar também está praticamente organizado, segundo a secretária. “Atendemos toda a rede com o transporte escolar contemplando a Educação Básica, ou seja, dos quatro anos até o Ensino Médio. Temos 13 linhas terceirizadas e mais oito em que o município dispõe de frota própria. Fizemos, há pouco, um processo licitatório e estamos finalizando a parte burocrática com a assinatura dos contratos”, ressalta.
Ela segue explicando: “No ano passado fizemos um estudo bem aprofundado do transporte escolar e contratamos uma empresa que fez geolocalização dos alunos. Todas as rotas estão em mapas que eu posso acessar online”, disse. “Pedimos paciência aos familiares até concluirmos a organização total do transporte escolar e deixamos claro que mediante alguma eventualidade, estamos preparados para proteger os alunos. Também estamos à disposição para que nos procurem na Secretaria de Educação”, frisou.
Reformas
Ao chegarem em suas respectivas escolas os alunos depararam-se com algumas melhorias, onde um arquiteto foi contratado para projetá-las. “Vínhamos com um processo no Ministério Público desde 2014 com várias coisas a serem melhoradas/consertadas nas escolas, a exemplo da acessibilidade, algo que é bastante burocrático. Desde o ano passado eu vinha trabalhando em cima disso, e desta forma, na Escola Lídia Fornari Grando, da Linha Gramado, fizemos uma rampa, uma elevação do corredor para ficar rente à porta, sem degraus, e rampa na entrada para poder bem receber as crianças com necessidades especiais”, relata.
A Escola Cívico-Militar Orestes de Britto Scheffer, do Bairro Nossa Senhora das Graças, também recebeu melhorias. “Um muro que fazia a divisão da escola e a quadra estava caindo desde o ano passado, então elaboramos um projeto para isso também, com acesdibilidade”, conta. Além desta reforma, a escola conta com um grande projeto, já quase finalizado e pronto para ir para licitação. “Trata-se da ampliação da escola que passou a ser cívico-militar. Serão mais de 1,3 mil m². Considero um bom investimento na educação, afinal, nossa obrigação é atender bem aos alunos”, salientou.
“Nessa reforma faremos uma reorganização do espaço propriamente dito. Lá, por exemplo, não tem uma sala de reuniões que é algo importante para uso dos alunos e professores. Também vamos organizar a sala de informática que fica hoje no porão; a cozinha também precisa de mudança com um refeitório maior; vamos organizar a biblioteca, enfim, vamos procurar otimizar os espaços”, frisou.
Durante o mês de janeiro, a Escola Lídia Fornari Grando e as duas de Educação Infantil foram pintadas 100%. As escolas Professora Diva Maria Sabedotti Fornari e Beatriz Fornari Ferri Berti também tiveram seus jardins reorganizados. “Eliminamos a areia que lá existia, pois consideramos suja para as crianças, fazendo uma caixa especial para isso. Optamos por substituir por grama”, conta a secretária.
Das reformas já realizadas nas escolas Lídia Fornari Grando e Orestes de Britto Scheffer, com as rampas de acessibilidade, foram investidos cerca de R$ 70 mil, conforme Sandra. “Considero um valor acessível tendo em vista o tempo que o processo estava em andamento. Agora, vamos mexer só o extremamente necessário para não interferir nas aulas, já que os alunos estão frequentando as escolas. Por outro lado, considero importante que eles acompanhem todo esse processo, principalmente aqueles que se interessam pela engenharia e arquitetura. É um momento também de aprendizado”, disse ao acrescentar: “Para a pintura da Emeis gastamos aproximadamente R$ 45 mil em tintas. Fizemos a licitação onde o arquiteto fez o levantamento do que precisava.”
Outro investimento realizado recentemente pela Secretaria de Educação foi a aquisição de notebooks para os professores. “A empresa nos entregou um produto que não estava bem de acordo, por isso pedimos para trocar, isso atrasou um pouco a entrega, mas já estão formatados e restam ser entregues apenas uns quatro ou cinco, senão todos os professores da rede municipal já têm o seu notebook para trabalhar”, relata.
“Também implantamos um sistema de gestão escolar onde os professores trabalham com chamada online, boletim, enfim. Um novo funcionário também foi contratado para auxiliar os professores quanto a esse sistema. Esse profissional vai fazer um serviço de secretaria, e também fará a organização de atas de resultado final, impressão de boletins, transferências, matrículas, toda essa parte que exige documentação. Ele vem para somar e melhorar bastante os trabalhos”, salienta. Ele auxiliará as quatro escolas.
Implantação do sistema cívico-militar
Na segunda-feira, 21, Sandra foi a Porto Alegre, onde esteve com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, na Academia da Polícia Militar. Na oportunidade foi abordado o painel sobre o Programa Estadual das Escolas Cívico-Militares.
Segundo ela, resta apenas a contratação dos monitores para que o sistema cívico-militar passe a funcionar na Escola Orestes de Britto Scheffer. “Teve o edital no ano passado, houveram inscrições de monitores, eles fizeram o curso preparatório em janeiro, mas ainda não foram distribuídos para trabalhar nas escolas, isso será feito nos próximos dias e quisera eu que algum deles escolhesse Arvorezinha para trabalhar. Agora dependemos disso, caso contrário precisaremos esperar um novo edital, mas a ideia é de que venham os monitores até a metade do ano”, disse. Os monitores são profissionais aposentados do Corpo de Bombeiros ou da Brigada Militar.
Em relação aos uniformes dos alunos, Sandra destaca que há uma reserva financeira para isso desde o ano passado, e assim que os monitores passarem a atuar na escola, os uniformes serão distribuídos.